Mato Grosso ganhará dois novos investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), que deverão gerar em torno de 150 megawats a mais. Os investimentos são financiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, gerido pelo Banco da Amazônia, e representam mais um acréscimo na capacidade energética do Estado.
Os contratos de financiamento para as usinas foram liberados nesta quinta-feira (26), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, em uma cerimônia com a presença do Ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, do governador Blairo Maggi, diretores da Agência de Desenvolvimento da Amazônia, do Basa, parlamentares e empresários dos empreendimentos.
As usinas, uma em Novo Mundo, a Nhandú e a outra, já em fase de construção, no Município de Juscimeira, que utilizará o potencial do rio São Lourenço, representam um investimento em infra-estrutura que irão atrair novos empreendimentos a Mato Grosso, conforme considerou o ministro.
“Essa é a função especifica desse fundo de desenvolvimento, auxiliando na criação de condições para que outros investimentos possam chegar aos Estado da Amazônia, que possam desenvolver-se melhor. A intenção é acelerar esse processo em Mato Grosso, estabelecendo um novo mapa de investimentos com a instalação dessas PCHs; e para que possa melhorar empregos, gerar infra-estrutura, necessita de investimentos por parte do estado” considerou Pedro Brito.
O ministro ressalta ainda os investimentos demoraram em avançar pela paralisação do orçamento do FDA, questão já sanada. “A região amazônica conta hoje com uma fonte de financiamento que outras regiões não possuem, com taxas de juros menores que de outras instituições de fomento”, destacou.
A usina de Juscimeira é de propriedade da empresa Geraoeste – Usinas Elétricas do Oeste, que atua na atividade de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, oriundas de diversas fontes (hidroelétricas, termoelétrica, etc). A PCH terá capacidade de 29.100 kw de potência e será destinada ao atendimento principalmente de consumidores residenciais e industriais do Estado.
Para construção e operação da usina, o empreendimento conta com recurso de outra fonte pública, o BNDES, cerca de R$ 10 milhões e a contrapartida da empresa, no valor de R$ 47, 613 milhões e R$ 10 milhões do BNDES. As obras de construção da PCH foram iniciadas há três meses e a meta da empresa é gerar 3.500 empregos, sendo 50 diretos e 3.200 indiretos na forma de outros empreendimentos.
NOVA FASE
Considerado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o segundo Estado brasileiro com maior potencial hidrelétrico, Mato Grosso está em fase de expansão de diversos empreendimentos no setor energético, tanto de fontes minerais (água e gás), como vegetal (biodiesel).
Para o governador, a entrada de investimentos no setor energético abre um novo canal para que o Estado tenha condições de atrair empreendimentos e indústrias de outros setores econômicos, assim como na tomada de recursos do FDA para outras atividades em que Mato Grosso possui potencial, como na agroindústria.
“É uma nova fase e canal de financiamentos para atividades, pois o fundo de desenvolvimento possui fonte para que investimentos privados possam ser conduzidos, em atividades como curtume, agroindústria levado para fora do estado e do País produtos com qualidade”, frisou Maggi, destacando que a entrada em funcionamento das usinas dá ao Estado nova força na economia e tranqüilidade aos habitantes, abrindo novas expectativas.