Monitoramento do Ministério da Saúde aponta que Mato Grosso tem dois casos de febre amarela em humanos em investigação. Ao todo foram quatro casos notificados. Em macacos, um caso da doença foi confirmado e cinco são de epizootias indeterminadas. Nos primatas foram sete casos notificados. Ontem o MS emitiu um alerta para o risco da epidemia, já que casos da doença aumentam entre dezembro e março, e da importância da vacinação.
Gerente da Vigilância em Doenças e Agravos Endêmicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Alba Valéria Gomes confirma o risco no Estado pela extensão da zona rural, espaço de circulação do mosquito Haemagogus, principal vetor da doença. “O Estado é endêmico para a doença e sempre foi recomendada a necessidade da imunização. Nós precisamos ficar em alerta e a principal medida de controle é a vacinação, que tem eficácia de mais de 98%. O Ministério da Saúde preconiza uma dose única da vacina que deve ser tomada aos 9 meses de idade”, destaca.
Alba diz que na fase inicial a doença tem sintomas parecidos com o da dengue ou gripe. Diz que há um percentual de pessoas que a vacina pode não imunizar. “Os sintomas são parecidos. Só depois vão se afunilando como icterícia, por exemplo. O que vai poder determinar quando pode se tratar de febre amarela é se a pessoa esteve em região de zona rural”, afirma Alba.
Em junho deste ano a SES registrou o primeiro caso de febre amarela em humanos desde 2009. A notificação foi em Primavera do Leste. O homem trabalhava com classificação de grãos.
Dados
Segundo o novo boletim epidemiológico do MS, de 1º de julho a 8 de novembro deste ano, foram notificados 271 casos humanos suspeitos de febre amarela, dos quais 150 foram descartados, 120 permanecem em investigação e um foi confirmado.