terça-feira, 03/12/2024
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Mato Grosso cria quase 50 mil novos postos de trabalho formais no primeiro semestre do ano

No acumulado do primeiro semestre, o saldo positivo totalizou 49.763 novos postos de trabalho

Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, no mês de junho, ocorreram 42.378 admissões contra 30.332 desligamentos. O saldo ficou positivo em 12.046 empregos formais. Do total criado, os setores de Serviços e Comércio somados representam 54,4%, sendo Serviços (3.532) e Comércio (3.024). O setor de Construção criou (1.546), Indústria (1.489) e Agropecuária (2.455).No acumulado do primeiro semestre, o saldo positivo totalizou 49.763 novos postos de trabalho.

Comparando com o mesmo período do ano passado, o cenário atual está muito mais favorável para a geração de empregos, já que no primeiro semestre de 2020 o saldo foi de 929 novas vagas.Analisando apenas Cuiabá, durante o mês de junho, ocorreram 8.678 admissões contra 6.442 desligamentos. O saldo ficou positivo em 2.236 novos empregos formais. Do total criado, os setores de Serviços e Comércio somados representam 85,8%, sendo Serviços (1.338) e Comércio (580). O setor de Construção criou (252), Indústria (107) e Agropecuária fechou negativo (-41). O mercado de trabalho na capital se apresenta também numa crescente contínua, no acumulado de 2021 já são 10.518 novas vagas preenchidas.

Se o número total do primeiro semestre de 2021 for comparado com o mesmo período do ano passado (-4.816), demonstra que a capital também tem conseguido apresentar um cenário mais otimista quanto ao mercado de trabalho.O superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, avalia que os setores produtivos de Comércio e Serviços se sobressaíram sobre os demais, mantendo a histórica performance de que mais geram empregos no país. “Os números são consideráveis para a economia de Mato Grosso e demonstra o quanto é importante ter os setores do Comércio e Serviços em plena atividade. É necessário manter essa linha crescente para gerar um cenário cada vez menos dependente de medidas como a do auxílio emergencial, que tem ajudado muitas famílias.”, declarou ele.

Outro dado apresentado pelo Caged é que no acumulado do corrente ano, em Mato Grosso, a maioria das novas vagas foi preenchida por homens (64,8%). Já referente ao grau de escolaridade, a maioria dos profissionais possui ensino médio completo (66,8%) e a faixa etária predominante é entre 18 e 24 anos (40,7%). Em Cuiabá os dados são semelhantes, homens representando 59,3% do total de vagas criadas, profissionais com ensino médio completo (75,8%) e faixa etária entre 18 e 24 anos (39,9%). Granja também comentou sobre os perfis que estão sendo contratados. “É importante relatar que o mercado de trabalho tem se apresentado aquecido com vagas e mais vagas sendo criadas, mas o nível de exigência tem ficado cada vez maior, por isso nem todas estão sendo preenchidas com rapidez. Novas tecnologias têm surgido e com isso a necessidade cada vez maior de profissionais capacitados e/ou adaptáveis. Um dado é quando comparamos o fechamento do primeiro semestre de 2021 com 2020 e percebemos que profissionais com escolaridade até o ensino médio incompleto têm tido mais dificuldades para preencher vagas.

Um outro dado é quando, por faixa etária, percebemos uma quantidade elevada de jovens tendo mais oportunidades que as demais. Isso pode justificar uma melhor adaptabilidade quanto ao ambiente mais tecnológico, porém também devido às crises enfrentadas que obrigam o empregador optar por perfis que se enquadram em faixas salariais mais próximas de início de carreira”.AÇÃO CDLEm uma ação recente da CDL Cuiabá denominada PROJETO DESPERTAR, ocorrida entre os meses de maio e junho deste ano, 5.255 pessoas passaram pelo projeto e receberam orientações importantes para tornarem candidatos mais preparados a uma vaga de emprego.

Ao estudar esse público através de pesquisas, foi identificado um perfil com idade média de 38 anos, sendo a maioria do sexo feminino (74,2%), casados (53,4%), com uma média de 02 (dois) filhos e 62,9% estavam sem empregos há pelo menos 01 (um) ano. Dos participantes do projeto, 56,7% relataram que não estavam participando de entrevistas de emprego, tendo como maior justificativa (68,8%) o fato de estarem enviando currículos, mas não estarem sendo chamados.O estudo também relatou que nos últimos 12 meses, 35,7% participaram de duas entrevistas, 30,4% de três ou mais e 28,6% de apenas uma entrevista. Dentre as dificuldades encontradas nas entrevistas de trabalho, relataram principalmente a falta de experiência e qualificação (27%), que não eram chamadas para a vaga (15,3%) e devido a idade (9,9%).Quanto à busca por qualificação, 65,8% disseram que nos últimos 12 meses participaram de capacitações profissionais, enquanto 34,2% não conseguiram se capacitar.

Das que não buscaram e/ou não conseguiram, 65,1% justificaram que foi por falta de condições financeiras e entre as que buscaram, 31,9% participaram principalmente de cursos on-line gratuitos.Granja relatou a importância do PROJETO DESPERTAR. “Esse projeto demonstrou a necessidade de serem geradas ações públicas e privadas que possam incentivar e conscientizar candidatos a vagas de trabalho a buscarem continuamente capacitações e que possam surgir mais cursos técnicos gratuitos. O DESPERTAR é um modelo positivo de ação que pode ser seguida, pois só durante o mês de junho conseguiu ajudar 10,3% do total de participantes a ingressarem no mercado de trabalho”, finalizou o superintendente.

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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