Renildo Lima, dono de táxi aéreo que faturou R$24,8 milhões do governo, já era alvo de suspeitas em Brasília
Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), foi preso nesta semana com uma quantia significativa de dinheiro escondida na cueca. O empresário, dono da Voare Táxi Aéreo, já vinha levantando suspeitas há meses por seus contratos milionários com o governo federal.
Somente em 2023, a Voare recebeu R$24,8 milhões do Ministério dos Povos Indígenas, gerando questionamentos no Congresso, especialmente pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS). Ele levantou suspeitas sobre o fato de que um dos contratos, no valor de R$17,7 milhões, foi feito sem licitação, de maneira emergencial.
Os negócios de Renildo com o governo não são recentes. Desde 2014, sua empresa embolsou mais de meio bilhão de reais dos cofres públicos, segundo dados do Portal da Transparência. A justificativa oficial é que a empresa é responsável por levar apoio às comunidades indígenas Yanomamis, mas as mortes entre os indígenas aumentaram mesmo após os contratos.
A prisão de Renildo Lima e as suspeitas sobre seus negócios levantam ainda mais dúvidas sobre a administração dos recursos destinados ao atendimento de povos indígenas, aumentando a pressão sobre o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara.
Agora, as investigações continuam e o destino de Renildo Lima e sua empresa Voare Táxi Aéreo está nas mãos da Justiça.
Com informação do Hora Brasilia.