quinta-feira, 21/11/2024
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Marido combina morte da mulher por WhatsApp

Há uma semana três homens foram presos em Itu, no interior de São Paulo, por envolvimento no sequestro de uma mulher de 32 anos – entre eles, o marido da vítima. Sequestrada em 25 de junho, ela acabou solta por um dos bandidos. Dizendo-se arrependido, ele não apenas a deixou sair do cativeiro, como confessou a intenção do bando: matá-la. E a mando do marido. Áudio divulgado nesta quarta-feira pela polícia revela o momento em que ele combina com um dos criminosos o assassinato da mulher: "Finaliza hoje", pede o marido. Como o processo segue em segredo de Justiça, os nomes dos envolvidos não foram informados pela polícia.

O bandido que acabou por libertar a mulher se disse arrependido. O marido, um amigo dele – que foi contratado para intermediar o assassinato – e o matador de aluguel foram presos no último dia 8. Outros dois suspeitos ainda não foram identificados.

Segundo informações da polícia, a vítima foi sequestrada por volta das 21 horas, quando voltava da casa dos pais, em Itu. Na conversa, via WhatsApp, em que combina o assassinato, o marido dá as instruções para os bandidos, informando que a mulher sairia da academia. Segundo o delegado Fábio Martelini, da Delegacia Central de Itu, a mulher acabou mudando seus planos e decidiu visitar os pais. A vítima, o marido e o filho de 4 anos do casal estavam voltando em carros separados, quando o homem – que estava com a criança no veículo – simulou que seu carro tinha quebrado e pediu que a esposa o esperasse. Foi então que três criminosos, que esperavam a pé no local, se aproximaram e sequestraram a mulher. Ela foi levada para uma mata em Indaiatuba, a quinze minutos do local do sequestro. O carro da vítima foi abandonado no caminho.

Às 4 horas, o intermediário levou dois dos três bandidos que estavam no cativeiro para Itu. O terceiro sequestrador, que ficou sozinho com a vítima no local, recebeu a ligação do marido dela autorizando o assassinato. Mas ele desistiu do crime porque se arrependeu. De acordo com a polícia, o criminoso e a vítima foram até uma cidade próxima e, com o celular dele, a mulher chamou um táxi e foi para a casa dos pais.

Na manhã seguinte ao sequestro, a mulher foi até a delegacia e relatou o crime. Orientada pelos policiais, ela manteve contato pelo celular com o bandido que a libertou, para que a polícia conseguisse chegar até ele. Entre as mensagens trocadas, estava o áudio do marido. Ele pagaria entre 7.000 e 10.000 reais para o grupo executar a esposa. Os investigadores apuram se uma casa do casal que está financiada pode ter motivado o crime.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por: Nicole FuscoSite:Veja

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Parmenas Alt
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