O equilíbrio aconteceu no campo e nas arquibancadas do Parque do Sabiá, mas apenas no primeiro tempo. Na etapa final, o São Paulo não tomou conhecimento por atuar fora de casa, bateu o Cruzeiro por 2 a 0, gols de Lucas e Rogério Ceni, e segue firma na luta pelo G-4, com 50 pontos, quatro atrás do quarto colocado Botafogo. Já a derrota fez com que a Raposa caísse uma posição na tabela, e agora está em terceiro lugar. Apesar de continuarem na briga pelo título, já que estão atrás do Fluminense por apenas um ponto, os mineiros viram o Corinthians igualar a pontuação celeste e tomar a vice-liderança no saldo de gols.
O São Paulo mostrou ser a pedra no sapato do Cruzeiro na temporada, uma vez que foi o algoz do time mineiro nas quartas de final da Libertadores no primeiro semestre. Na próxima rodada a Raposa pega o Vitória, na Bahia, às 17h (de Brasília). No mesmo dia e horário o Tricolor tem o clássico contra o Corinthians, no Morumbi.
Igualdade no placar e nas ações ofensivas
O equilíbrio entre as equipes começou nas arquibancadas. Apesar de jogar em Minas Gerais, os são-paulinos igualaram as forças e coloriram de vermelho, preto e branco metade do Parque do Sabiá. Os cruzeirenses respondiam do outro lado. Com balões azuis e brancos, a torcida da Raposa ficou ainda mais animada ao ouvir nos alto-falantes do estádio o empate do Fluminense com o Inter. Os celestes vislumbravam a chance de retornar à ponta do campeonato.
O duelo entre Rogério Ceni e Fábio foi revivido logo aos sete minutos. Apesar de o goleiro são-paulino já ter marcado cinco gols na carreira no camisa 1 celeste, desta vez a falta na entrada da área parou na barreira.
O São Paulo buscava os contra-ataques, apesar de atuar com Fernandão, Lucas, Dagoberto e Ricardo Oliveira. E chegava com perigo, apesar de pecar no passe final. Já o Cruzeiro tentava buscar espaços na defesa são-paulina. Robert até tentou, aos 18 minutos, mas de letra, colocou para fora. Dois minutos depois o São Paulo deu o troco e Ricardo Oliveira chutou em cima de Edcarlos, após lançamento de Lucas. O equilíbrio era constante.
O placar quase foi modificado aos 30 minutos, mas impedido, o zagueiro Miranda não pôde dar a alegria para os tricolores. O auxiliar Roberto Braatz acertou na marcação, já que o defensor estava à frente da defesa ao cabecear para o gol falta cobrada por Dagoberto.
No primeiro lance em que o Cruzeiro chegou ao ataque no toque de bola, levou perigo ao goleiro Rogério Ceni. Thiago Ribeiro recebeu passe de Gilberto na direita e chutou rasteiro para o arqueiro tricolor fazer a defesa em dois tempos.
Aos 43, Dagoberto quase repete o gol que marcou contra o próprio Cruzeiro na partida de volta das quartas de final da Libertadores. Na ocasião, o atacante encobriu o goleiro Fábio e decretou a eliminação celeste. No Parque do Sabiá, o zagueiro Edcarlos tirou sobre a linha e o feito foi comemorado como um gol pela torcida cruzeirense.
Superioridade tricolor
O empate não favorecia nem a Cruzeiro, que queria a liderança a todo custo, nem a São Paulo, tentando se aproximar do G-4. O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro, com as duas equipes buscando o ataque.
E foi o São Paulo que abriu o placar, e com categoria. O meia Lucas tabelou com Dagoberto, penetrou na grande área, driblou o goleiro Fábio e tocou para o gol, aos sete minutos.
O gol fez a torcida são-paulina explodir nas arquibancadas. Com gritos de ‘o campeão voltou’, os cruzeirenses sentiram o golpe. Tanto a torcida quanto o time. Com isso, o São Paulo quase ampliou aos 14 minutos. Ricardo Oliveira rolou para Dagoberto na área, mas o zagueiro Léo cortou e salvou o Cruzeiro.
A partir daí foi a vez de Rogério Ceni aparecer mais uma vez. Aos 16, Montillo cobrou falta da entrada da área e o goleiro fez defesa firme. No lance seguinte, Thiago Ribeiro chutou forte e o goleiro espalmou para escanteio. O Cruzeiro também perdeu uma boa chance com Léo. Dessa vez, Rogério Ceni saiu mal e a bola sobrou para o zagueiro, que chutou e Fernandão tirou embaixo da trave.
Ricardo Oliveira passou a puxar os contra-ataques do São Paulo. Em um deles, o atacante são-paulino deixou o zagueiro Léo no chão na ponta esquerda. Em outro lance, Ricardo Oliveira cavou pênalti ao ser derrubado por Edcarlos. O auxiliar até que tentou mostrar ao árbitro que o lance havia sido fora da área, mas o árbitro Nielson Nogueira Dias chamou a responsabilidade para errar sozinho.
E o duelo Fábio x Rogério Ceni teve mais um capítulo, e mais uma vez o goleiro tricolor levou a melhor. Na cobrança da penalidade, aos 35 minutos, Fábio ainda acertou o canto, mas nada pôde fazer e levou o sexto gol de Ceni na carreira. Rogério ainda brilhou ao espalmar uma cabeçada de Henrique. A torcida tricolor passou a gritar olé.
Com a desvantagem e abatido, o Cruzeiro não teve forças para reagir e continua freguês do São Paulo em campeonatos brasileiros. Não vence um duelo desde 2004.
GloboEsp