A confirmação na quinta-feira das estimativas de uma expansão acanhada da economia brasileira no terceiro trimestre causou decepção ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Foi um pouco decepcionante o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre. Eu esperava um crescimento maior”, disse Mantega a jornalistas ao deixar a sede do ministério depois da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O crescimento do PIB limitou-se a 0,5 por cento de julho a setembro em relação ao trimestre anterior e foi de 3,2 por cento na comparação com igual período de 2005, conforme relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados do IBGE mostraram ainda que o segmento industrial permaneceu fraco, a exemplo do segundo trimestre, mas os investimentos sinalizaram algum vigor.
“A indústria não cresceu tanto quanto nós gostaríamos, mas temos informações seguras que, a partir de outubro, está havendo um aquecimento da economia de modo geral”, completou Mantega sem, contudo, detalhar tais informações.
De janeiro a setembro, o PIB cresceu 2,5 por cento.
Muitas projeções do mercado descartam que a economia brasileira consiga alcançar uma expansão de 3,0 por cento em 2006, embora o Orçamento para 2007 tome por base um crescimento de 3,2 por cento este ano. O governo ainda não fez uma revisão oficial da estimativa.