O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a formação bruta de capital fixo, uma medida dos investimentos no País, teve forte crescimento no terceiro trimestre. O dado só será divulgado na quinta-feira, com o Produto Interno Bruto.
Mantega comentou ainda que está em discussão no governo a correção da tabela do Imposto de Renda e sinalizou que o debate sobre a CPMF ficará “para outro momento”.
“Eu já vi os números (do PIB), mas eu não posso falar. O que posso falar é que o investimento cresceu bastante neste trimestre”, afirmou a jornalistas, após uma reunião sobre infra-estrutura em São Paulo. Mantega não falou do crescimento da economia em geral nem citou números.
O ministro reuniu-se com representantes de fundos de pensão na Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), onde reafirmou a intenção do governo de zerar o IR de fundos de investimento voltados para infra-estrutura. A idéia é torná-los mais competitivos em relação aos fundos de renda fixa.
Mantega também mencionou a criação, pela Caixa Econômica Federal (CEF), de um fundo de investimento em infra-estrutura de 5 bilhões de reais, com recursos do FGTS.
As medidas fazem parte do pacote em elaboração pelo governo para impulsionar o crescimento da economia.
Correção da tabela do IR
Mantega disse ainda que estão em discussão a correção da tabela do IR, a reforma da Previdência e o reajuste dos salários do funcionalismo público, mas não deu mais detalhes. “O reajuste da tabela do IR está sendo negociado com o relator (do Orçamento) de 2007… é possível que esse mecanismo seja aprovado no Orçamento”, afirmou Mantega, reforçando que ainda não há decisão concreta.
Segundo ele, a discussão da CPMF, que expira em dezembro de 2007, ficará “para outro momento”. Recentemente, ao mostrar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva as medidas para animar a economia, Mantega citou que havia duas opções para a CPMF.
Uma delas era um corte linear e gradual da alíquota, atualmente de 0,38 por cento. A outra idéia era eliminar o tributo nas operações de crédito.
Mantega disse que o pacote de incentivo ao crescimento sai “em breve” e reafirmou que haverá um programa de longo prazo de contenção de gastos públicos para equilibrar a renúncia fiscal decorrente do pacote.