A eliminação na primeira fase do Paulistão não é o único motivo para a crise no Parque São Jorge. Ontem, depois do empate com o Penapolense, Mano Menezes deixou claro que não deseja mais trabalhar com o diretor de futebol Ronaldo Ximenes.
Tudo porque Ximenes voltou a se ausentar de um jogo do Corinthians em momento decisivo. Segundo um jogador alvinegro, o diretor vem tomando medicamentos que o fazem ter dificuldade para despertar. Em Penápolis, apesar das inúmeras tentativas, ninguém conseguiu acordá-lo para ir ao estádio. Consequência: o clube não teve seu homem do futebol.
No sábado, Ximenes já havia sido vítima do sono profundo durante o voo que levou o elenco ao interior do estado. Os seguranças precisaram carregá-lo para fora da aeronave.
O primeiro episódio havia ocorrido no clássico contra o São Paulo, dias atrás. Ximenes perdeu a hora e não foi ao Pacaembu no ônibus dos jogadores. O dirigente admitiu que toma remédio há dez anos, mas negou que tenha faltado ao jogo com o Penapolense.
Já o presidente Mario Gobbi, por meio de sua assessoria, reconheceu que Ximenes passa por um momento pessoal complicado. Hoje, haverá uma reunião para definir como o clube irá proceder a respeito de sua continuidade.
A seu favor, tem toda a reformulação do elenco. Foi Ximenes quem acertou as saídas de Alexandre Pato, Paulo André, Douglas e Ibson, garantindo uma economia superior a R$ 500 mil por mês na folha salarial.
Sem comando
A ausência de Ximenes ontem se tornou ainda mais sentida porque Mario Gobbi também não deu as caras. O presidente corintiano já havia faltado ao primeiro treino do time no Itaquerão, anteontem.
Saia justa
Gobbi vai ter dificuldade para encontrar um substituto, caso aceite a imposição de Mano de dispensar Ronaldo. Isso porque o presidente se isolou do seu grupo político.
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Autor: Jorge Nicola