Estudantes secundaristas, universitários, moradores do Residencial Sucuri, Jardim Vitória, lideranças comunitárias, políticas, sindicais e religiosas realizaram hoje pela manhã manifestação contra o aumento da tarifa do transporte e contra a privação da Sanecap.
Cerca de 300 pessoas participaram do protesto realizado pelo CTLP (Comitê de Luta pelo Transporte Público) e pelo Fórum de Luta Contra a Privatização da Sanecap.
A manifestação se iniciou com concentração na pra Bispo Dom José e seguiu com caminhada até a Câmara de Vereadores de Cuiabá. Os manifestanesm em ritmo de carnaval, misturando irreverência e indignação, usaram narizes de palhaço, máscaras do Pânico (pânico contra aumento de tarifa e privatização), apitos, fogos de artifício, panelas, cornetas, cartazes, faixas, serpentina, bandeirolas e panfletos.
Em frente à Câmara houve uma vaia sonora e um apitaço contra o prefeito Wilson Santos, por defender o absurdo aumento da tarifa para R$ 2,05 (inclusive via Judiciário) e por defender a privatização da água.
Depois os manifestantes entraram de maneira pacífica nas galerias da Câmara de Vereadores, continuaram com apitaço e palavras de ordem. Sem seguida a militante Sandriane Dias leu uma carta de reivindicações aos parlamentares.
O documento tinha cinco potos, que são:
– que os vereadores pressionem o prefeito a revogar o decreto do aumento da tarifa, levando em conta que o valor atual já está superfaturado, segundo a CPI da Câmara de Vereadores de Cuiabá (finalizada em dezembro de 2005);
– que pressionem o prefeito a cobrar a dívida dos empresários do transporte, que é de R$ 138 milhões em multas, taxas de outorga e impostos, segundo a CPI;
– que cumpram a Lei Orgânica do Município de Cuiabá, que estabelece que a tarifa do transporte, como toda tarifa de serviço público, tenha seu valor definido pela Câmara de Vereadores de Cuiabá e não por conselhos municipais;
– que se posicionem contra a privatização da Sanecap, visto que privatização representa demissão em massa e aumento exorbitante das tarifas, e levando em conta que o consórcio público (parceria entre município, estado e União) é uma forma bem mais eficiente para o município, pois garante empréstimos com mais rapidez e menores exigências decontrapartida;
– e que a Câmara assuma o debate do destino da nossa água, posto que o prefeito quer privatizar a Sanecap por meio de uma lei compulsória, afronfrando a democracia e o debate com a população.
Os movimentos se reúnem nos próximos dias para programar as próximas manifestações.
(Mais informações: 8416-2719/Ramirez, 9901-8506/Eduardo, 9954-5011/Felipe)