Em depoimento à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o empresário Gilson César do Nascimento, na condição de vítima, afirmou ter sofrido um prejuízo de R$ 40 mil por conta do golpe que teria sido aplicado pelo grupo supostamente comandado pelo ex-vereador João Emanuel Moreira.
Segundo Gilson, o prejuízo só não foi maior porque conseguiu sustar quatro cheques entregues aos membros do Grupo Soy, que somavam R$ 180 mil.
Proprietário da empresa Material Forte, o empresário contou ao promotor Samuel Frungilo, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que foi informado por um amigo que o Grupo Soy estava realizando investimentos em empresas com dificuldades financeiras.
Ele, então, solicitou um empréstimo no valor de R$ 4 milhões para cobrir os passivos que a Material Forte havia gerado, ao longo de dois anos de atuação no mercado.
Estávamos desesperados e precisávamos do dinheiro. Soubemos que o Grupo Soy estava investindo e resolvemos emprestar dinheiro, disse.
No entanto, segundo Gilson, o grupo determinou que a empresa depositasse R$ 200 mil nas contas da Soy, que, mais tarde, ele descobriu que se tratava de uma empresa de fachada.
Quem também prestou depoimento na condição de vítima foi o técnico em edificações Edson Vieira dos Santos, 49, dono da empresa Criativa Construções.
Segundo ele, em dezembro de 2015, foi procurado por João Emanuel, que se identificou como presidente do Grupo Soy e que teria trazido para Mato Grosso um banco chinês para fazer investimentos no ramo da construção.
João Emanuel também teria apresentado um projeto de construção de apartamentos no Estado do Amazonas, em uma área de 6,9 mil hectares.
O empreiteiro teria participação de 5% no total do empreendimento, o que lhe renderia R$ 170 milhões. Mas, antes, teria que entregar 40 cheques, no montante de R$ 50,5 milhões.
 
 
 
 
 
 
 
Com Repórter-MT