O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deveria deixar a presidência e o cargo de senador por conta das acusações de que teria despesas pagas por um lobista. Esta é a opinião de 80,76% dos 977 leitores do estadao.com.br que participaram da enquete sobre quais seriam as saídas para Renan. Outros 11,26% acham que o senador deveria deixar a presidência, mas continuar no Senado; e para 7,98%, o senador não deveria ´arredar pé´ do Senado, afinal o caso pode acabar em pizza.
Renan responde a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa. O senador nega as acusações e diz que os R$ 12 mil mensais pagos à jornalista Mônica Velloso, com quem tem uma filha fora do casamento, eram recursos próprios e, portanto, não precisava do dinheiro de Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior. Segundo Renan, Gontijo apenas intermediava o contato com Mônica por se tratar de um caso extraconjugal.
Apesar da pressão de senadores para que deixe pelo menos a presidência do Senado até o fim das investigações, Renan disse em diversas ocasiões que ´fica´. A tropa de choque do senador tentou várias vezes engavetar o processo e na última manobra para arquivar o caso acabou enfraquecendo Renan. Agora, com o processo de volta ao Conselho de Ética, o órgão nomeou três relatores – um deles aliado do senador -, pediu novos documentos a Renan e informou que irá investigar a evolução patrimonial do peemedebista.
Com o recesso parlamentar em julho, aumenta o risco de o caso ser retomado apenas em agosto. O tempo pode contar a favor de Renan.