domingo, 22/12/2024
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Mais da metade dos brasileiros entre 16 e 25 anos têm HPV, diz estudo preliminar

Informações preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS) apontam que 54,6% dos brasileiros entre 16 e 25 anos têm HPV, sendo 38,4% dos casos são de tipos de alto risco para o desenvolvimento de câncer, como o de colo de útero, pênis, vulva, canal anal e orogaringe.

Os dados são do projeto POP-Brasil-Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV . Para realizar a pesquisa, mais de 7 mil pessoas foram entrevistadas em todas as 26 capitais brasileiras e Distrito Federal. Do total de pessoas que participaram do estudo, 2.669 foram analisadas para tipagem de HPV.

A pesquisa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). O lançamento será realizado durante o encontro “Estudo POP-Brasil: resultados e ações para o enfrentamento da infecção pelo HPV”, na Universidade Federal de Ciências Sociais de Porto Alegre (UFCSPA), mas algumas informações preliminares foram divulgadas na segunda-feira (27).

A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, relata a importância desse tipo de estudo para conhecer a prevalência da doença. "Até então, não havia estudos de prevalência nacional do HPV que possam medir o impacto da vacina no futuro. O sucesso da vacinação deve ser monitorado, não somente em termos de cobertura, mas principalmente em termos de efetividade na redução da infeção pelo HPV”, ressalta Adele.

O estudo indica ainda que 16,1% dos jovens tem uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Os dados finais deste projeto serão disponibilizados no relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde em abril de 2018.

Prevenção

Conhecido como o vírus do papiloma humano, o HPV é responsável por causar sérias doenças por meio do ato sexual, ou de mãe para filho no momento do parto. Entre os malefícios que o vírus pode causar nas mulheres, além do câncer de colo de útero – quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil -, vulva, vaginal e anal, estão lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e outras infecções.  No caso dos homens também há riscos de cânceres de pênis, garganta e ânus e outras doenças.

Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o sexto tipo de câncer mais comuns no mundo, com 400 mil casos anuais e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo papiloma humano.

Um dos métodos de prevenção contra essas complicações fora o uso do preservativo é a vacinação, que deve ocorrer em meninos e meninas antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.

O Ministério da Saúde orienta que meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina contra o vírus com um intervalo semestral entre elas. Já quem tem HIV e tem entre 9 e 26 anos, o esquema vacinal inclui três doses, com intervalos de dois e seis meses entre elas. No entanto, esses pacientes precisam de prescrição médica para conseguir receber a injeção. 

No Brasil, a vacina contra o vírus também faz parte do calendário vacinal e é obrigatória para meninos na faixa etária de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos. São duas doses, sendo aplicada com intervalo de seis meses entre elas.

Segundo o Ministério da Saúde, a eficácia da vacina é segura e reconhecida como a principal forma de prevenção contra o aparecimento do câncer do colo de útero. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais, doença estigmatizante e de difícil tratamento.

Link deste artigo: http://saude.ig.com.br/2017-

 

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Parmenas Alt
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