quinta-feira, 21/11/2024
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Maior facção criminosa do País se multiplica pelo território nacional e ganha força em Brasília

O Brasil assistiu estarrecido &agraves cenas de carnificina dentro dos pres&iacutedios brasileiros, que tiveram como um dos protagonistas a organiza&ccedil&atildeo criminosa PCC. Para al&eacutem da brutalidade, os crimes revelaram uma nova caracter&iacutestica assumida pelo grupo do l&iacuteder criminoso Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre pena em pres&iacutedio de seguran&ccedila m&aacutexima: o PCC saiu das pris&otildees e avan&ccedila Pa&iacutes afora. Onde h&aacute a aus&ecircncia do Estado, o crime organizado se fortalece, diz o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atua&ccedil&atildeo Especial contra o Crime Organizado (GAECO) de Presidente Prudente (SP), uma das maiores autoridade no assunto. Segundo ele, o PCC tem sete mil integrantes apenas em S&atildeo Paulo, onde surgiu, mas de 2014 para c&aacute, cresceu em n&uacutemeros assustadores: pulou de tr&ecircs mil para aproximadamente 16 mil integrantes e passou a ter ramifica&ccedil&otildees em praticamente todo o territ&oacuterio nacional.

Um dos Estados onde houve maior expans&atildeo foi Roraima, palco de outra matan&ccedila. Cinco dias ap&oacutes as 56 mortes em Manaus que tiveram o PCC como v&iacutetima, 33 sentenciados perderam a vida em celas da Penitenci&aacuteria Agr&iacutecola de Monte Cristo (RR) em uma vingan&ccedila da organiza&ccedil&atildeo paulista. Segundo relat&oacuterio de intelig&ecircncia do governo do Estado, em 2013 a fac&ccedil&atildeo tinha 50 integrantes, mas esse n&uacutemero saltou para aproximadamente mil no ano passado. No Distrito Federal, centro do poder pol&iacutetico, investiga&ccedil&otildees da Pol&iacutecia Civil apontam que o grupo come&ccedilou a se instalar no fim de 2014 e tamb&eacutem busca uma expans&atildeo. Dados obtidos com exclusividade pela reportagem de ISTO&Eacute mostram que atualmente transitam pelas ruas do DF cerca de 100 integrantes do PCC. Mas tamb&eacutem h&aacute v&aacuterios deles nos pres&iacutedios: 83 membros da organiza&ccedil&atildeo foram capturados em duas opera&ccedil&otildees realizadas pela Divis&atildeo de Combate ao Crime Organizado (Deco) em 2014 e em 2015. A reportagem teve acesso a trechos das investiga&ccedil&otildees (leia quadro). O bra&ccedilo do DF &eacute coordenado por um integrante que recebe a alcunha de Geral do Estado.

Mensalidade



Por ter uma das rendas per capitas mais altas e concentrar o poder do Pa&iacutes, Bras&iacutelia est&aacute na mira das quadrilhas criminosas. Os bandidos se instalam em cidades no entorno, uma esp&eacutecie de cintur&atildeo composto por 17 munic&iacutepios. Para angariar recursos, o bra&ccedilo do PCC no DF adota v&aacuterias modalidades de crime, que v&atildeo de tr&aacutefico de drogas a roubos de ve&iacuteculos e caixas eletr&ocircnicos. Al&eacutem de rechear os cofres com a&ccedil&otildees criminosas, o grupo tamb&eacutem cobra uma mensalidade de R$ 400 de cada membro que est&aacute em liberdade.

Ary Filgueira-Isto&eacute

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Parmenas Alt
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