O governador Blairo Maggi anunciou na manhã desta quarta-feira (16.05) a exoneração do comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel PM Adaildon Evaristo de Moraes Costa e o comandante regional de Barra do Garças (509 Km a Leste de Cuiabá), coronel Luiz Cláudio Monteiro da Silva. A decisão teve como base um relatório produzido por uma equipe de inteligência da PM criada para investigar denúncias de abuso de autoridade e agressões durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão de armas e drogas em três fazendas da região no último dia 7 de abril.
O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, informou que o comandante-adjunto da PM, coronel PM Antonio Benedito de Campos Filho assume o Comando Geral na próxima sexta-feira (18.05) às 19 horas. “É o novo comandante que deverá escolher o novo comandante regional de Barra do Garças”, observou Brito.
O governador enfatizou que a decisão foi reforçada pelas informações que apurou pessoalmente durante uma visita feita ontem à região do episódio. “A posição do governo é de repudiar com veemência o que aconteceu no Araguaia. Eu tenho orgulho da Polícia Militar de Mato Grosso me senti envergonhado do que aconteceu lá e queria pedir desculpas para a população porque a polícia não é para fazer aquilo que aconteceu lá”, acentuou.
O governador lembrou que estava viajando quando ocorreu o episódio e no seu retorno tomou conhecimento do relatório da equipe de Inteligência, que confirmou agressões a posseiros, de forma truculenta e brutal. Maggi explicou que a polícia deve cumprir o seu papel e atender os preceitos legais.
“A ordem judicial era para apreender armas e drogas, mas não fazer o que aconteceu. Isso nós não vamos admitir. Além de ter sido um ato arbitrário e destoado da orientação do Governo do Estado, os policiais encarregados da execução da ordem fizeram a desocupação de posseiros usando a brutalidade”, disse.
Maggi, indignado com a ação policial relata: “teve gente amarrada, as pessoas estão com medo. É uma decisão que deve servir de exemplo. Não é nossa orientação este tipo de ação. As investigações prosseguem e todos os policiais envolvidos também serão responsabilizados”, assinalou.
