quinta-feira, 07/11/2024
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Maggi deve retirar proposta de extinção da Metamat Da Redação

A reforma administrativa que o governador Blairo Maggi prepara para o segundo mandato não vai atingir órgãos que têm mostrado autonomia, contribuem para ações sociais do governo e ainda trabalham positivamente as políticas de incentivo ao crescimento do Estado.

Um desses casos é a Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), órgão vinculado à Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração. A empresa, mantida pela fonte 127 (CEFEM – Contribuição Financeira de Exploração Mineral) não exige recursos do governo, que, aliás, cumpre apenas com a folha de pagamento. Todos os projetos e demais despesas são custeados pela companhia.

Responsável pelo fomento mineral do Estado e gestora de projetos e programas de suporte às prefeituras e empresas privadas, a Metamat é um braço importante da estrutura de governo que Maggi não deve mesmo mexer.
Segundo o presidente da empresa, João Justino, nos últimos quatro anos, houve uma verdadeira transformação no órgão, processo que deu à autarquia o equilíbrio e revitalização financeira, devolvendo a sua capacidade de elaborar e gerir projetos de incentivo, fomento e apoio às empresas públicas e privadas do setor de mineração.

Justino lembra que a empresa herdou, a partir de l997, o passivo ‘podre’ da extinta Codemat e outras empresas relacionadas, provocando um grande colapso administrativo e financeiro. A partir de 2003, com os esforços do governo, foi possível recuperar a Metamat, que mostrava, no seu todo, um déficit de mais de R$ 17 milhões, gerado principalmente pelas ações trabalhistas, mas que restam apenas pouco mais de R$ 4 milhões a pagar. Isso representa uma economia de cerca de R$ 12 milhões ao Estado.
Há alguns anos, a visita de oficiais de Justiça era uma constante na empresa e seus servidores não tinham auto-estima. Hoje, o órgão está recuperado, cumpre suas funções, recuperou o crédito e selou diversas parcerias. “Só uma empresa que vai bem tem condições disso”, diz Justino.

O presidente da empresa destaca que na área social, municípios como Nova Xavantina, Campinápolis, Nova Lacerda, Comodoro, Poconé, Nobres, entre outros, foram contemplados, neste governo, com programas de estímulo à produção, que permitiram a instalação de estruturas físicas, como poços artesianos, gerando renda, mas, principalmente, fixando famílias no campo. “Quando você dá condições de vida digna aos trabalhadores e suas famílias, eles não vêm para as cidades, o que afasta o desemprego e a violência. Esse também é um resultado importante do trabalho da Metamat”, diz o geólogo Wanderley Magalhães, que tem 23 anos no órgão e que já ocupou o cargo de presidente da empresa.

Ele sustenta também que a Metamat, na realidade, interioriza o desenvolvimento. Wanderley lembra, ainda, que cerca de 33 municípios de Mato Grosso criados mais recentemente e que são pólos de desenvolvimento, foram criados mesmo por causa da oferta de estrutura de apoio e fomento da Metamat ou através da exploração mineral, como é o caso de Cuiabá e quase todos os municípios do Médio Norte do Estado.

HISTÓRICO – O presidente da Associação de Servidores da Metamat, Amílcar Almeida, que tem 24 anos de casa, observa que a Metamat não deveria ser restrita apenas a uma superintendência, por ser uma referência. Ele, assim como outros servidores, acha que a empresa deveria receber uma “recompensa” por ter mantido seu perfil de empresa de apoio à mineração e economia do Estado nestas mais de três décadas. Para os servidores, no projeto de reforma que o governo prepara a extinção do órgão será mesmo revista e repensada.

A copeira Deonisia Maria da Silva, por exemplo, não acredita na extinção da Metamat. Com 27 anos na empresa, ela já experimentou os momentos difíceis que a empresa e seus servidores atravessaram e não vê o porque de se falar em acabar ou fundir um órgão que é muito importante para o Estado. Nas últimas eleições, Deonísia, que é evangélica, orou bastante pela reeleição de Maggi (inclusive no primeiro mandato, em 2002) e chegou a pedir votos nas ruas, todos os dias, após os expedientes. Ela acha que o governador continuará a ser iluminado e não fará nenhum ato que comprometa as finalidades sociais da Metamat e nem de prejudicar ser humano.

Pacheco/Bejamin

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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