Três dias depois do acidente com o vôo 3054 da TAM, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrará em nacional de rádio e TV para apresentar sua solidariedade às famílias das vítimas e informará que o governo está empenhado nas investigações.
Ele não pretende fazer nesse pronunciamento nenhuma menção sobre o pacote de medidas para o setor aéreo –assunto que está sendo tratado nas reuniões realizadas ao longo do dia em Brasília.
Lula deverá dizer que está consternado com a tragédia e que há um esforço coletivo de várias áreas federais em busca de respostas precisas. Apelará para que as pessoas não tirem conclusões precipitadas.
O anúncio do pacote com as medidas para o setor aéreo deverá ser feito pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, depois da reunião do Conac (Conselho de Aviação Civil). As medidas foram definidas, inicialmente, na conversa que Lula teve com ministros e autoridades de várias áreas –Defesa, Relações Exteriores, Desenvolvimento, Fazenda, Turismo, Planejamento e Casa Civil.
Em seguida, estava prevista uma nova etapa de reuniões, considerada mais técnica. De acordo com o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o principal tema das reuniões seria a busca por alternativas para o aeroporto de Congonhas. Uma das propostas é a construção de um novo aeroporto em São Paulo. O local ainda deve ser definido.
Em momento algum, o brigadeiro mencionou a possibilidade de fechar o aeroporto de Congonhas. Segundo ele, uma das possibilidades é diminuir o fluxo de jatinhos que decolam e pousam na região.
Integrantes da CPI do Apagão na Câmara informaram que há várias medidas que poderiam ser adotadas para reduzir a rotina em Congonhas, como transferência de vôos para Campinas e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Também sugerem a construção da terceira pista no aeroporto de Cumbica, além de um novo aeroporto em Jundiaí (SP).
FO
