O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma auditoria nos gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o cartão corporativo, por determinação da Câmara dos Deputados
A pedido da Câmara dos Deputados, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciará uma auditoria nos gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o cartão corporativo. O processo foi aberto na corte e está em andamento, aguardando análise pelo plenário do tribunal. O relator designado é o ministro Jhonathan de Jesus, ex-deputado federal do Republicanos. A auditoria visa verificar se as despesas foram realizadas de maneira responsável e em conformidade com as normas vigentes.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) apresentou o requerimento que levou à abertura do caso na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, que foi aprovado em maio. Kataguiri ressaltou a necessidade de examinar os gastos de Lula, considerando o atual momento de crise. O deputado argumentou que as despesas exorbitantes do ex-presidente levantam preocupações, especialmente em relação a possíveis violações aos princípios da moralidade, legalidade e eficiência. Com a aprovação do requerimento, a intenção é investigar os gastos para assegurar a utilização adequada do dinheiro dos contribuintes.
No início de seu mandato, Lula gastou aproximadamente R$ 2,5 milhões com o cartão corporativo, valor ligeiramente superior aos gastos nos primeiros meses sob o governo Bolsonaro (R$ 2,4 milhões). No entanto, quando ajustada pela inflação, a quantia gasta nos primeiros meses do mandato do ex-presidente foi maior, totalizando R$ 3,1 milhões. Em fevereiro, o TCU já havia aprovado a abertura de uma investigação sobre a legalidade dos gastos do governo Bolsonaro utilizando os mesmos cartões entre outubro e dezembro de 2022.