quinta-feira, 07/11/2024
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Lula evita comentar sobre impasse nas negociações da CPMF

Após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta quarta-feira em Belo Horizonte ter sentido “boa vontade” do petista em negociar com o PSDB um novo acordo para votação da CPMF no Senado.

Lula, no entanto, se esquivou de falar do tema. Quando questionado, brincou. “Eu ia falar [da votação], mas ele [Aécio] me lembrou que não é senador. Estou tentando convencê-lo a ser senador”, disse o presidente.

“Estamos articulando aqui em favor da pátria”, disse Aécio, ao lado de Lula. “Se bem que ele [Lula] está cheio de votos lá [no Senado].”

O presidente e Aécio se encontraram por cerca de dez minutos na Base Aérea da Pampulha e foram na mesma van para a inauguração do Centro Metropolitano de Especialidades Médicas, resultado de investimentos dos governos federal, estadual e municipal.

“Senti do presidente sinceramente boa vontade de conversar com a oposição, mas esta boa vontade tem que se transformar em um proposta concreta”, disse Aécio, em entrevista após o evento.

Aécio voltou a dizer que foi “tímida” a proposta do governo e que uma nova proposta deve desonerar tributos, aumentar investimentos na saúde e dividir o bolo tributário com Estados e municípios. Segundo ele, se não for assim, o PSDB não aprovará a CPMF.

O tucano disse achar que o presidente vai avaliar com sua base se precisa ou não dos votos do PSDB para aprovar a medida.

“Cabe ao governo federal, se achar importante o apoio do PSDB, apresentar proposta que possa ser rediscutida dentro do partido. Agora, esta questão está nas mãos do governo federal. Pode ser que o governo queira votar com a sua própria base”, disse

Nos discursos de hoje o principal assunto foi a Emenda 29, que determina que os Estados invistam na área da saúde 12% da receita própria e os municípios, 15%.

Aécio pediu a Lula que seja dado aos Estados e municípios o mesmo tratamento que o projeto aprovado na Câmara dá ao governo federal –ou seja, que Estados e municípios tenham até 2011 para se enquadrar na regulamentação da Emenda 29.

Lula considerou um “pequeno equívoco” da Câmara não ter sido feita esta isonomia com Estados e municípios e defendeu que isso seja corrigido no Senado.

O presidente, ao falar da necessidade de os entes federados trabalharem juntos, voltou a dizer que no Brasil “quem é oposição fica torcendo para as coisas não acontecerem”.

“É preciso estabelecer políticas de convivência”, afirmou ele, para quem a “pequenez” da rivalidade política precisa acabar.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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