O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu em Florianópolis (SC), a atual carga tributária e ressalvou que o Brasil não deve ter medo de arrecadar mais impostos. Segundo ele, as pessoas e empresas aumentaram a renda e, por conseqüência, devem pagar mais tributos.
Ele rebateu as críticas de que o brasileiro paga muito imposto, ressaltando que os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 32 bilhões em 2006 por conta de desoneração fiscal e perderá mais R$ 5 bilhões por causa da aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que criou o imposto diferenciado para o setor.
“As pessoas esquecem das coisas que já aconteceram e ficam apenas discutindo as coisas que podem acontecer. O Brasil não pode ter medo de arrecadar mais, porque o mal do Brasil é que durante muito tempo ele arrecadou menos. O Brasil precisa arrecadar o justo para fazer a política social justa que precisa”.
“Quando vocês conversarem com alguém que faça crítica à carga tributária perguntem para ele que imposto aumentou. A verdade é que as pessoas estão pagando mais, porque estão ganhando mais. É só ver os lucros dos bancos, os lucros das mil maiores empresas brasileiras, que vocês vão perceber que as pessoas estão ganhando mais e, portanto, têm que pagar mais. É assim no Brasil e é assim em qualquer parte do mundo”.
Questionado pela imprensa se o PMDB, maior partido da base aliada, pode atrapalhar a votação da proposta que prorroga a Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, Lula disse estar confiante na aprovação. “Eu estou convencido que a Câmara e o Senado vão aprovar a CPMF. A CPMF é um imposto justo”, respondeu.
Em Florianópolis, Lula participou da assinatura de termo entre os governos federal e de Santa Catarina que dá início à transferência do controle do Banco Estadual de Santa Catarina (Besc) para o Banco do Brasil.
US