O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu punição rigorosa com a possível perda da propriedade para quem descumprir a lei e acelerar o desmatamento da Amazônia.
Em conversa com jornalistas o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, Lula disse defender que “se pegar quem desmatou” a pessoa deve ir a julgamento e perder a terra. “Esse país tem lei e as pessoas têm que saber disso”, afirmou.
Lula buscou minimizar os dados que demonstraram que entre agosto e dezembro de 2007 o desmatamento atingiu 7 mil quilômetros quadrados. O presidente disse que deve ser levado em conta que o mesmo período de 2006 registrou uma redução recorde do devastamento da Amazônia, o que pode ter gerado uma distorção nos dados.
Ele fez ainda uma crítica indireta ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela divulgação dos dados de desmatamento. Lula defendeu ser preciso calma na divulgação dos dados para evitar que “uma pinta benigna seja apontada como câncer”.
O presidente enfatizou ser “obrigação” do governo trabalhar para a queda na devastação florestal. Lula afirmou que os dados do ano passado devem servir como um alerta para os esforços federais na Amazônia.
O governo decidiu tomar uma série de medidas para evitar o crescimento da devastação florestal, entre elas o bloqueio do financiamento para atividades destrutivas e o embargo das propriedades rurais em 36 municípios com maior incidência de desmatamento.