A necessidade de implementar uma política de repovoamento dos rios nos municípios de Jangada, Alto Paraguai e São José do Rio Claro é objeto de indicação apresentada na Assembléia Legislativa de Mato Grosso pelo deputado estadual Luiz Marinho (PTB).
A proposição foi encaminhada ao Governador do Estado, com cópias ao Secretário de Estado do Meio Ambiente e à Superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura no Estado de Mato Grosso, Marlene Alves de Assunção.
"A medida de repovoamento de peixes é de extrema importância, devido à necessidade constante de proteção da fauna do estado”, afirma o deputado. É uma ação que pode livrar da extinção as espécies, tradicionalmente encontrada em abundância no Ciro e que corre o risco de extinção em função da exploração da pesca.
Marinho afirma que o objetivo é preservar o meio ambiente e garantir vida aos rios. De acordo com os ambientalistas, nos últimos anos houve grande redução na quantidade de peixes, por isso a necessidade de repovoar os rios com espécies nativas.
Outro aspecto importante é o desenvolvimento da geração de renda das comunidades locais pela piscicultura, iniciando com o repovoamento dos rios com a seleção de matizes, a preparação dos viveiros e a soltura de peixes em rios, e outras etapas importantes como a seleção e o treinamento de produtores. A aquicultura é uma atividade economicamente viável e ecologicamente sustentável.
Do ponto de vista ambiental, a piscicultura se apresenta como uma alternativa de consumo de proteína de alto valor biológico, diminuindo assim a pressão sobre a pesca predatória. No aspecto técnico, um hectare de água produz entre 7 e 12 toneladas de pescado por safra, que, dependendo do manejo do cultivo, pode produzir uma safra por ano e, inclusive, em menor período de tempo.
O sistema de cultivo de maior intensidade por volume de água se utiliza de tanques rede ou gaiolas flutuantes, que podem ficar nos rios ou açudes. Esse sistema requer acompanhamento técnico especializado. Dessa maneira, em lugares onde existe super exploração dos recursos pesqueiros, pretende-se sua recuperação através do manejo pesqueiro comunitário. Essa estratégia pode permitir manter as fontes de trabalho e turismo de inúmeras comunidades que vivem da pesca.