O pré- candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso, Lúdio Cabral (PT), declarou à reportagem do site Muvuca Popular na tarde desta sexta-feira (06), que os fatos que vêm sendo revelados pelas investigações da Operação Ararath da Polícia Federal (PF) precisam ser explicados pelo senador Pedro Taques (PDT). Ele tachou o pedetista como o “paladino da moralidade e segundo Lúdio, Taques vem se mostrando como o “santo do pau oco” para a imprensa e principalmente para a Polícia Federal em relação aos esquemas fraudulentos e milionários o qual está envolvido, junto com seu doador de campanha, o empresário Fernando Mendonça.
Lúdio afirmou que o pedetista nega se pronunciar sobre as investigações em andamento porque Mendonça, proprietário da Global Participações Empresariais, é alvo de mandados de busca e apreensão. Fernando foi seu principal doador na campanha das eleições em 2010. O petista lembra ainda que uma das sócias da empresa, sob suspeita do esquema fraudulento, Ariane Mendonça, filha do investigado, é funcionária do gabinete do senador desde 2011.
O petista ressaltou que a ligação com o proprietário da Global desconstrói o discurso moralizador de Taques. Isso porque, segundo ele, o senador costuma cuidar da vida dos outros e não perde oportunidade de apontar falhas dos governos Federal e Estadual, mas é incapaz de explicar como alguém suspeito de envolvimento com empresas estrangeiras, com o mesmo representante legal de uma off-shore no Panamá, que seria paraíso fiscal supostamente utilizado por beneficiários do esquema de lavagem de dinheiro, empréstimos fraudulentos e crimes contra o sistema financeiro, pode integrar seu grupo de apoiadores.
“Taques tem receio de falar sobre os fatos apontados pela Operação por medo de cair em contradição e perder a pose de defensor da moralidade cultivada através do marketing e de discursos politicamente corretos”, destaca Lúdio.
Cabral afirma que as suspeitas levantadas pela Ararath precisam ser esclarecidas antes do início da campanha. Já em relação às eleições, Lúdio defende que o debate deve ser pautado por propostas para o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso.
Cristiane Sagioratto