Dívida com Daniel Alves até janeiro de 2027, depois de pífia trajetória do midiático atleta, ensinou a direção do São Paulo. Nada de contratar e depois procurar investidores. Lucas Moura ficará para o futuro
Não houve o efeito esperado no Morumbi, o anúncio que o Tottenham não renovará o contrato de Lucas Moura.
Nada de euforia, apesar dele garantir que voltará ao clube antes de encerrar a carreira.
O presidente Julio Casares nem cogita repetir o presidente Leco, de triste lembrança para os são paulinos, e criar, com o departamento de marketing, um ‘plano’ para trazer o atacante. E apostar que investidores fariam fila para pagar os salários de Lucas, tendo como recompensa o direito de usá-lo como garoto-propaganda.
Foi nessa aposta alucinada que o clube se meteu quando contratou Daniel Alves.
E vai pagar R$ 400 mil por mês, até janeiro de 2027.
Quando sua carreira encerrada e ele tiver 43 anos.
Daniel Alves foi contratado em agosto de 2019.
O acordo não pode ser esquecido.
A direção do São Paulo acreditava que tinha descoberto uma fórmula mágica para ter o jogador. Fez a maior festa na história do clube para um atleta que chegava.
45 mil pessoas estiveram no Morumbi. Pagaram R$ 5,00 apenas para assistir o atleta colocar a camisa tricolor.
Acreditavam estar vendo uma celebração histórica.
Erraram feio.
Pior, só os dirigentes.
Não surgiu empresa alguma interessada em pagar os salários do jogador. O clube se viu preso a um dos melhores laterais direitos da história do futebol brasileiro, mas que se negava a atuar na sua posição. Queria ser segundo volante. E se poupar para a Copa do Catar, que tinha certeza que seria convocado por Tite. A posição de lateral no futebol moderno é muito desgastante.
Quanto ao dinheiro, R$ 1,5 milhão por mês.
O resultado foi pífio.
O São Paulo se viu preso a uma dívida de R$ 43,5 milhões. O contrato de dois anos e cinco meses. Iria até o final do ano passado.
Os resultados foram pífios.
Daniel Alves foi um meio-campista comum, fraco até.
Não se tornou o sonhado grande líder. Até porque ele não exerceu liderança por onde passou. Estava acostumado a ser coadjuvante no Bahia, Sevilha, Barcelona, Juventus e PSG. Não foi diferente no São Paulo, mesmo com a camisa 10 e faixa de capitão.
Estava no time campeão paulista de 2020.
Partidas ruins, com o time decepcionando, ele ironizando as cobranças, acabaram por precipitar sua saída.
Sem investidores, o clube teve de se amarrar a um compromisso de cinco anos pagando R$ 400 mil, a cada 30 dias, até janeiro de 2027.
Casares não quer nem ouvir planos de marketing envolvendo Lucas Moura.
O atacante do Tottenham recebe R$ 2,2 milhões na Inglatterra.
Devendo mais de R$ 700 milhões, o São Paulo hoje não pagaria nem a metade ao jogador.
Lucas e seu estafe sabem bem disso.
E planejam atuar no Exterior por pelo menos mais duas temporadas.
Voltar para o Brasil e ganhar metade do salário não faz parte do planejamento de carreira do atacante.
Daniel Alves saiu do São Paulo em setembro de 2021.
Mas sua péssima passagem jamais será esquecida.
Pelo pior contrato já feito pelo clube, levando em conta a produtividade/expectativa do jogador.
Terá até janeiro de 2027 para pagar por seu erro.
Daí nem cogitar fazer algo parecido com Lucas Moura.
Apostar em ‘investidores’ inexistentes…
R7-Cosme Rimoli