O presidente Barack Obama disse que governadores de Estados afetados pela passagem do ciclone pós-tropical Sandy pelos EUA podem ligar para ele diretamente caso recebam um "não" de alguma entidade federal durante o esforço de apoio às vítimas.
"Telefonem para mim pessoalmente, na Casa Branca." Para o presidente, não pode haver "limite nem burocracia" neste momento, disse, durante discurso na sede da Cruz Vermelha nos EUA.
Pelo menos 30 pessoas morreram em todo o território americano durante a passagem do ciclone pós-tropical Sandy. O número de mortes nos Estados Unidos, no entanto, pode aumentar. A agência de notícias Associated Press informa 38 mortos em todo o país.
"Não há desculpa para inação. Faremos todo o possível, o quanto antes", disse, citando o Estado de Nova Jersey -onde 89% da população está sem abastecimento de energia elétrica- e o sul da ilha de Manhattan, em Nova York, como duas das regiões mais afetadas.
Obama estimulou o governo e a sociedade civil a pensar criativamente, empregando, por exemplo, equipamentos militares para bombear água para fora dos túneis do metrô de Nova York. Ele parabenizou os trabalhos de socorro durante a madrugada, em especial as equipes de um hospital de Nova York que precisou ser esvaziado às pressas. "Na escuridão da tempestade, vimos o que há de mais brilhante nos EUA."
O democrata, que concorre à reeleição contra o republicano Mitt Romney no próximo dia 6, cancelou todos os seus eventos de campanha agendados para esta quarta-feira (31). Ele viajaria ao Estado de Ohio, onde a disputa contra Romney está apertada. Será o terceiro dia consecutivo em que o presidente cancela compromissos de campanha para se dedicar ao socorro às vítimas do Sandy no país.
Romney retomará nesta quarta a sua campanha, com três eventos no Estado da Flórida. Romney percorrerá o Estado de norte a sul, passando pelas cidades de Tampa, Coral Gables e Jacksonville ao lado do governador Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush (2001-2009).
Nesta terça-feira, ele transformou um outro comício, na cidade de Kettering (Ohio), em um evento de arrecadação de alimentos.
Durante o ato, o candidato seguiu aceitando doações dos presentes e ignorou as reiteradas perguntas da imprensa sobre sua opinião em relação à agência federal encarregada das situações de crise (FEMA), da qual queria reduzir o orçamento em 2011.
F.deSP