“Entendo que ele expressou claramente que não planejava conduzir testes nucleares”, afirmou a fonte na sexta-feira.
A Coréia do Norte desafiou alertas internacionais e conduziu, no começo do mês, seu primeiro teste nuclear.
Arrependimento
O líder norte-coreano Kim Jong-Il expressou arrependimento a uma delegação japonesa por ter feito o teste nuclear no país. O líder disse ainda que Pyongyang voltaria às negociações internacionais se Washington parasse de fomentar uma campanha para isolar financeiramente o país, segundo informações de um jornal da Coréia do Sul de hoje.
“Se os Estados Unidos fizerem uma concessão em algum grau, nós também faremos uma concessão em algum grau, independente se for para conversas bilaterais ou de seis partes”, Kim teria dito ao enviado chinês, assim como relatou o jornal Chosun Ilbo, citando uma fonte diplomática na China. Kim disse à delegação chinesa que “ele lamenta pelo teste nuclear”, informou o jornal.
Negociação com a China
O representante chinês Tang Jianxun e o líder da Coréia do Norte, Kim Jong-Il, discutiram a possibilidade de retomar as negociações multilaterais sobre o programa nuclear norte-coreano “o quanto antes”, anunciou nesta sexta-feira o ministro de Relações Exteriores da China, Li Zhaoxing.
Ele disse também que a reunião entre Tang Jiaxuan e Kim Jong-il para discutir a crise sobre o recente teste nuclear da Coréia do Norte serviu para melhorar “a compreensão mútua”. O representante chinês destacou que sua visita “desta vez não foi em vão”.
Rice pressiona
A secretária de Estado americana, Condoleeza Rice, pediu à China nesta sexta-feira, na terceira etapa de seu giro pela Ásia e Rússia, aplicar as sanções decretadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coréia do Norte em represália ao seu teste nuclear.
“O ministro e eu falamos da importância de uma aplicação completa da resolução 1718 para termos segurança de que não haverá nenhum tráfico de materiais ilegais perigosos relacionados ao programa de armas nucleares norte-coreanas”, declarou Rice ao fim de seu encontro em Pequim com Li Zhaoxing, ministro de Relações Exteriores da China.