A vitória de Lewis Hamilton no GP da Hungria, neste domingo, não aliviou o ambiente e os problemas da McLaren, apesar da liderança no campeonato de construtores e com seus dois pilotos à frente no Mundial.
Os problemas começaram durante o treino classificatório, quando Fernando Alonso foi acusado de retardar de propósito seu pit-stop no final da classificação para impedir que Hamilton saísse para sua última volta rápida, que lhe daria a chance de conquistar a pole.
O chefe de equipe Ron Dennis alegou que quem errou foi o britânico, por desrespeitar uma ordem da McLaren de trocar de posição com Alonso, ainda na pista. Mesmo assim, os comissários do GP decidiram punir o espanhol com a perda de cinco posições no grid.
Além disso, os 15 pontos conquistados pelos dois pilotos da equipe neste domingo não contaram para o campeonato de construtores –que a McLaren lidera, com 138 pontos, contra 119 da Ferrari.
Após a corrida, com a vitória de Hamilton e o quarto lugar de Alonso, o chefe da McLaren demonstrou abatimento com o que viu no final de semana mais turbulento da equipe em 2007.
“Sinto um certo vazio. O que aconteceu ontem foi inaceitável. Acho que os dois pilotos têm culpa. Deveríamos ter sido mais agressivos, mas esse não é o meu estilo”, comentou Dennis.
Dennis ainda revelou que a equipe não deverá apelar da decisão dos comissários sobre a perda dos pontos para o campeonato de construtores, o que havia sido anunciado pela própria McLaren na noite de sábado.
Outra revelação foi feita por Lewis Hamilton, que admitiu ter brigado com Ron Dennis pelo rádio após desrespeitar a ordem da equipe no treino. “Estou em uma situação ruim com o meu chefe. Pedi desculpas e disse que não acontecerá de novo”, revelou o inglês.
Hamilton lidera o Mundial de pilotos com 80 pontos, sete à frente de Alonso. Felipe Massa é o quarto colocado, com 59, a um ponto do finlandês Kimi Raikkonen, seu companheiro na Ferrari.
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