De acordo com a Guarda Revolucionária do Irã, ataque contra a residência matou Ismail Haniyeh e um de seus seguranças
Após o anúncio de sua morte, as várias facções palestinas convocaram uma greve genal e protestos “contra o assassinato do grande líder nacional Ismail Haniyeh, que é parte do terrorismo de Estado sionista e sua guerra de extermínio”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu aniquilar o Hamas e resgatar todos os reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro que provocou a atual guerra em Gaza. O ataque dos milicianos islamistas matou 1.197 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. O Hamas também sequestrou 251 pessoas. O Exército acredita que 111 permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 39 que teriam sido mortas. A campanha militar de represália de Israel em Gaza matou pelo menos 39.400 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
Desde o início do Hamas
Filho de uma família que fugiu para Gaza quando o Estado de Israel foi criado, Haniyeh entrou para o Hamas no momento de sua fundação em 1987, coincidindo com a primeira Intifada. Ele assumiu a liderança política do grupo em 2017, mas já havia sido primeiro-ministro palestino após a vitória do movimento islamista nas eleições parlamentares de 2006. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã tornou o apoio à causa palestina em um núcleo fundamental de sua política externa. As autoridades iranianas celebraram o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel, mas negaram qualquer envolvimento do país. O movimento palestino faz parte do “eixo da resistência”, um conjunto de grupos alinhados com Teerã, como o Hezbollah libanês ou os rebeldes huthis do Iêmen.
As hostilidades entre os movimentos pró-Irã e Israel aumentaram desde o início da guerra em Gaza, com disparos constantes na fronteira entre o norte de Israel e o Líbano ou ataques dos huthis contra cidades israelenses. Na terça-feira, o Exército israelense atacou um reduto do Hezbollah no sul de Beirute e matou um comandante do grupo, ao qual atribuiu um ataque no fim de semana contra as Colinas de Gola ocupadas por Israel. O Hezbollah confirmou nesta quarta-feira que seu comandante militar, Fuad Shukr, estava no edifício atacado por Israel, mas não mencionou sua morte.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP-JovemPan