Alviverde e Rubro-Negro conquistaram as últimas duas edições do torneio continental e vão em busca do tri neste sábado (27)
A final da Copa Libertadores de 2021 marca uma demonstração de força das duas equipes protagonistas do futebol brasileiro e sul-americano dos últimos anos. Flamengo e Palmeiras, campeões das duas últimas edições do torneio continental, medem forças neste sábado (27), no estádio Centenário de Montevidéu, no Uruguai, e vão em busca do tricampeonato.
O domínio dentro de campo é reflexo de gestões financeiramente responsáveis em ambas as agremiações. Pelo lado do Palmeiras, depois do rebaixamento de 2012, sob a figura de Paulo Nobre e, mais recentemente, da Crefisa de Leila Pereira, o clube da Barra Funda se reorganizou nas finanças, construiu uma arena com alta capacidade de geração de receitas e modernizou seu programa de sócios.
Neste cenário, somado a injeção de dinheiro da Crefisa em contratações, o Palmeiras finalmente conquistou a tão sonhada “obsessão” no início de 2021, quando venceu o Santos por 1 a 0, no Maracanã, e se sagrou campeão da Libertadores de 2020. Mas, o título continental foi precedido de outras conquistam que evidenciam o renascimento de um gigante do futebol brasileiro.
Depois de ser quase rebaixado em 2014, o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil de 2015, campeão brasileiro em 2016 e 2018, e levou a tríplice coroa em 2020, conquistando novamente a Copa do Brasil, o Campeonato Paulista e, por fim, a Libertadores.
Do outro lado do confronto, o Flamengo também passou por processo parecido com o que o rival de sábado (27) teve que enfrentar. Depois de gestões irresponsáveis e times que até hoje o torcedor rubro-negro lembra com pouquíssimo carinho, o Rubro-Negro fez valer o peso de sua torcida e se tornou o clube brasileiro com maior capacidade de geração de receitas do Brasil.
Ano a ano, a equipe carioca, que renasceu sob o comando da gestão de Eduardo Bandeira de Mello, trazia nomes de impacto. Apesar de já contar com times competitivos a partir de 2015, a virada aconteceu em 2019, já na gestão de Rodolfo Landim. Naquele ano, a equipe que já contava com Éverton Ribeiro, Vitinho e outros nomes, trouxe Gabriel Barbosa, Bruno Henrique e Arrascaeta, trio que faria história naquele ano.
Com a chegada de Jorge Jesus, o Flamengo realmente atingiu “outro patamar”. Com um treinador moderno e jogadores de enorme capacidade de decisão, a equipe carioca foi campeã da Libertadores daquele ano, vencendo o River Plate por 2 a 1 na grande final, e levou também o Brasileirão, batendo o Santos de Sampaoli, que terminou na segunda colocação.
Antes de voltar a Portugal, Jesus ainda conquistou a Supercopa do Brasil e a Recopa Sul-Americana do ano seguinte. Já em 2021, o Flamengo superou o próprio Palmeiras e conquistou novamente a Supercopa do Brasil.
Agora, os dois clubes, vencedores das primeiras edições sob o novo formato de jogo único em sede previamente escolhida pela Conmebol, medirão forças e colocarão à prova uma rivalidade que se acirra a cada ano que passa, já que ambos os times são os grandes protagonistas do futebol brasileiro, e sul-americano, nas últimas temporadas.
Pietro Otsuka, do R7