Preocupado com o que está acontecendo na região em decorrência à operação “Arco de Fogo”, Nilson Leitão (prefeito de Sinop) procurou a Justiça Federal instalada no Município para levar informações das partes da Operação em que não concorda.
De acordo com ele, há uma arbitrariedade na Operação. “Faz dois anos que a Sema comanda as ações fiscalizatórias do setor de base florestal em Sinop e na região. Essa prerrogativa foi imputada através do próprio Ibama que, chega do nada e resolve, simplesmente, ignorar um acordo firmado”, explicou à magistratura Federal.
Após explanar seu posicionamento, o prefeito pediu a mediação e a força da Justiça para que, primeiro, façam Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se entenderem.
Leitão critica e diz não concordar com a forma de atuação do Ibama. “Pedi à Justiça para fazer Sema e Ibama se entenderem e só depois fiscalizar nossos empresários. O Ibama está sendo arbitrário e, ainda por cima, atropelando o processo. Estou extremamente preocupado com o caos social que a operação Arco de Fogo pode causar e desencadear a partir de ações mal elaboradas e mal feitas”, desabafou.
O prefeito também disse ao magistrado que a operação Arco de Fogo foi deflagrada para fiscalizar 19 municípios de Mato Grosso e que Sinop não está incluso na lista de cidades com irregularidades apontadas através dos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Sendo assim, Leitão, além de contestar, junto com o Estado, os números apontados pelo INPE, diz que a arbitrariedade instalada pelo Ibama desde o inicio da operação fez com que eles desviassem seu foco e começassem a agir em Sinop, chegando ao ponto de lacrar uma indústria madeireira no final de semana. “O Ibama iniciou a operação deles em Sinop com a empresa do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso”, disparou ao indagar que para ser presidente de um sindicato como esse é preciso, primeiro, dar o exemplo.
Ainda na Justiça Federal, Leitão deixou bem claro que ele e toda a sua administração apóiam e sempre apoiaram qualquer tipo de fiscalização, mas desde que sejam feitas de forma coerente e com a maior imparcialidade possível.
Fonte: Luciano André