O prefeito Nilson Leitão (Sinop) se reuniu com representantes de todas as entidades de classe do Município para tomar algumas medidas em relação ao impacto que a Operação Arco de Fogo, deflagrada no início da semana pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Federal (PF), está causando na Cidade e na Região Norte do Estado.
Leitão anunciou que existe uma cooperação técnica assinada já há dois anos onde o Ibama delega a responsabilidade pela fiscalização ambiental do Estado de Mato Grosso.
“Há uma reclamação geral do próprio governador, onde o Ibama não respeitou e não tem respeitado isso”, disse exemplificando que o setor produtivo do Estado que, hoje, é autorizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para extração de madeira, derrubada ou queimada, está sendo desrespeitado pelo Ibama e PF.
O impasse está, justamente, na forma de fiscalização, onde o Ibama não está mais levando em consideração um pacto federativo firmado com a Sema para que ela efetue a fiscalização dessas áreas. Para ele, e todos os representantes de entidades, o respeito à esse contrato (pacto) mudará totalmente a realidade e o foco da operação. “O Ibama tem uma forma de medir a madeira e a Sema tem outra. Se for assim teremos problemas em todas as empresas”, disse recebendo a alusão de que o Ibama está desrespeitando o acordo.
Diante disso, os municípios estarão elaborando um documento para subsidiar o governador do Estado a fim de que faça gestão política junto ao presidente da República na eminência de exigir que o documento, que segundo eles é considerado contrato, seja respeitado. Eles cogitaram uma possível paralisação do comércio de Sinop e toda região na próxima terça-feira, 18, das 8h às 10h da manhã. Segundo eles, se isso tudo não sensibilizar, o próxima medida só poderá ser judicial.
Essa decisão veio de encontro a uma outra reunião realizada no último dia 12, na capital do Estado, entre governador, mais de 20 prefeitos da região, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO), Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), entre outros.
Segundo o prefeito e demais autoridades locais que também acompanharam, de lá, dessa reunião, todos voltaram muito abalados deixando, inclusive, o governador Blairo Maggi muito assustado, pois as decisões a serem tomadas a partir de agora cabem muito mais ao Governo do Estado do que aos prefeitos dos municípios da região e as entidades representativas de classes.
Hoje, em Sinop, fizeram-se presentes na reunião a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Empresaria de Sinop (ACES), Sindicato das Indústria Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Sindicato Rural, Câmara de Vereadores, Associação Médica, Conselho do Desenvolvimento do Norte de Mato Grosso (Codenorte), Sindicato dos Funcionários da Indústria Madeireira, Sindicato dos Jornalistas (Sindijor), Associação dos Engenheiros do Norte de Mato Grosso (Aenor), Conselho Regional de Contabilidade (CRC), reitores de Universidades e União Sinopense das Associações de Moradores de Bairros (Usamb).
Fonte: Luciano André