domingo, 22/12/2024
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Legalização da maconha nos EUA favorece tráfico Inverso para o México

O tr&aacutefico de drogas entre o M&eacutexico e Estados Unidos est&aacute tomando a dire&ccedil&atildeo inversa ap&oacutes a legaliza&ccedil&atildeo do uso recreativo da erva ser aprovada mais quatro estados (Calif&oacuternia, Massachusetts, Nevada e Maine) no referendo do &uacuteltimo dia 8 de novembro.

Em meio &agrave corrida presidencial &agrave Casa Branca, v&aacuterios referendos foram votados, como a pena de morte, o ajuste do sal&aacuterio m&iacutenimo e a legaliza&ccedil&atildeo do uso recreativo da cannabis. Outros 28 estados do pa&iacutes j&aacute permitem o uso da planta para tratamento medicinal.

A problem&aacutetica da aprova&ccedil&atildeo gira em torno de que as decis&otildees norte-americanas est&atildeo direcionando o contrabando da maconha, principalmente no M&eacutexico, que j&aacute tem sinais de rumos radicalmente diferentes.

&quot&Eacute o que eu chamaria de contrabando inverso, agora a maconha vai dos EUA para o M&eacutexico&quot, afirmou Bernando Ng Sol&iacutes, presidente da Associa&ccedil&atildeo de Psiquiatras Latinos do EUA, durante a confer&ecircncia &quotDrogas e Sa&uacutede Mental&quot, no M&eacutexico.

&quot&Eacute muito f&aacutecil conseguir maconha medicinal na Calif&oacuternia e h&aacute quem a traga para o M&eacutexico agora para consumo e a revenda aqui, depois de ter conseguido a erva legalmente nos EUA&quot, declarou Ng Sol&iacutes.

Maior Produtor

O M&eacutexico &eacute o maior produtor de maconha do continente americano, e continua sendo uma ind&uacutestria multimilion&aacuteria que &eacute dirigida clandestinamente por organiza&ccedil&otildees criminosas.

Enquanto isso, para uma boa parte dos EUA e em breve, provavelmente, o Canad&aacute – que em 2017 ser&aacute votada a proposta de legaliza&ccedil&atildeo – essa ind&uacutestria cada vez mais demonstra que cair&aacute nas m&atildeos de empres&aacuterios privados.

Um estudo do Instituto Mexicano para a Competitividade (IMCO) considera que a legaliza&ccedil&atildeo da maconha para fins recreativos em ao menos um quinto dos estados norte-americanos &eacute um golpe formid&aacutevel para os narcotraficantes do M&eacutexico.

&quotPerder essa fonte de com&eacutercio seria a mudan&ccedila mais estrutural no narcotr&aacutefico desde a chegada massiva da coca&iacutena – entre os anos de 1980 e o come&ccedilo de 1990&quot, destacou o presidente da associa&ccedil&atildeo.

O especialista Alejandro Hope prev&ecirc que este processo resultar&aacute, no fim, com a legaliza&ccedil&atildeo da droga tamb&eacutem no M&eacutexico por&eacutem, &eacute preciso superar numerosos obst&aacuteculos para isso, entre eles a opini&atildeo p&uacuteblica.

Uma pesquisa local mostrou que 76% dos mexicanos recha&ccedilam a legaliza&ccedil&atildeo recreativa da erva, em contradi&ccedil&atildeo aos 74% que s&atildeo a favor do uso terap&ecircutico.

O presidente mexicano, Enrique Pe&ntildea Nieto, enviou ao Congresso, em abril do ano passado, uma iniciativa para o uso da planta na medicina e para aumentar a dose m&iacutenima permitida (cinco gramas), no caso de porte pessoal, para 28 gramas.

A proposta enfrentou dura resist&ecircncia principalmente pelo &uacuteltimo aspecto. A Igreja Cat&oacutelica, junto com frentes conservadoras, n&atildeo quer aumentar a quantidade para porte.

As mudan&ccedilas norte-americanas afetam diretamente o narcotr&aacutefico mexicano. &Eacute o que defende o ex-chanceler Jorge Casta&ntildeeda, que prop&otildee &agraves autoridades federais mexicanas &quotfechar os olhos&quot quanto ao tr&acircmite da maconha.

&Eacute &quotabsurdo&quot continuar &quotsacrificando vidas e recursos para queimar as planta&ccedil&otildees&quot e colocar postos de controle quando, depois de atravessar a fronteira, &quota maconha &eacute legal&quot, diz ele.

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A causa &eacute que outra parte da &quotlei da fronteira&quot, na qual &quotos Estados Unidos tem os consumidores e o M&eacutexico, a droga e os mortos&quot, n&atildeo vai mudar a menos que esse governo asteca tem fa&ccedila alguma coisa a este respeito, recorda o jornal &quotThe New York Times&quot.

Com informa&ccedil&otildees da Ag&ecircncia Ansa/IG

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Parmenas Alt
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