Em sua despedida oficial do comando do Santos, o técnico Emerson Leão disse nesta terça-feira que fez “o possível” com o elenco que tinha nas mãos e culpou a arbitragem pelos insucessos da equipe na temporada.
Leão chegou a um acordo com a diretoria do clube da Baixada Santista e deixou o comando da equipe na tarde desta terça-feira, após uma reunião com o presidente Marcelo Teixeira, conforme antecipou para a Folha Online Ricardo Perrone, da Folha de S.Paulo.
“O Marcelo marcou um almoço comigo hoje. Coloquei algumas ponderações e chegamos a um acordo que acho ser melhor para todos. Todas as vezes que chego em uma casa de trabalho, procuro ser profissional. Quando existe recíproca, vamos prosperando. Quando não acontece, temos que ter o bom senso de repensar. Repensamos e resolvemos parar por aqui”, falou.
“Fizemos de tudo para estar entre os quatro do [Campeonato] Paulista, e só não estivemos por causa dos erros de arbitragem. Só não fomos semifinalistas da Libertadores por causa dos árbitros. Estamos deixando o Santos pelo menos representado bem com aquilo que tínhamos para trabalhar”, continuou.
Leão, campeão brasileiro com o Santos em 2002, citou as dificuldades financeiras do clube da Vila Belmiro e prevê falta de títulos ao clube. “Título é a coisa que nós mais conseguimos, mas me parece que pelas circunstancias financeiras do clube, isso será difícil”, finalizou.
A relação entre Leão e a diretoria já andava desgastada. Em fevereiro, quando a equipe fazia uma campanha fraca no Campeonato Paulista, a diretoria do clube chegou a procurar outros treinadores, como Abel Braga, atualmente no Internacional. Mas, na ocasião, o Santos reagiu e Leão foi mantido.
Na última quinta-feira, o time da Baixada Santista foi eliminado da Taça Libertadores da América após vencer o América-MEX por 1 a 0 –havia perdido por 2 a 0 no jogo de ida. Com isso, perdeu a oportunidade alcançar as semifinais do torneio. No fim de semana, o time foi goleado por 4 a 0 pelo Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro.
F.on.L
