De acordo com nota divulgada pela pasta no início da noite, o documento concluiu que as características apontam um caso atípico (tipo H), que costuma ocorrer em animais mais velhos. Trata-se de uma manifestação rara, não associada à ingestão de ração contaminada e com menor risco de disseminação.
Citando o laboratório, o ministério informou que “as informações observadas (…) não mostram nenhuma das características que apontariam para um caso clássico da enfermidade. Ao contrário, reforçam a consistência de um caso atípico”. O Ministério da Agricultura fez testes no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro-PE), que indicaram a presença da doença. Para cumprir o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e determinar o tipo de manifestação, também encaminhou amostras para o laboratório de confiança da entidade no Reino Unido.
A pasta também iniciou uma investigação epidemiológica em campo, sacrificando e testando 49 bovinos contemporâneos do animal que desenvolveu a doença, mas os resultados também deram negativo. Fiscais do ministério detectaram a suspeita em 19 de março em um frigorífico da JBS/Friboi. A empresa e o governo garantiram que a carne não chegaram ao mercado de consumo. Segundo o ministério, a situação demonstrou “capacidade de resposta rápida do serviço veterinário oficial brasileiro”.
Até o momento, dois países anunciaram a suspensão das importações da carne brasileira por causa do caso de EEB. Egito e Peru anunciaram embargo de 180 dias para o produto. O Egito impôs restrições somente ao estado de Mato Grosso, enquanto o país latino-americano suspendeu as compras de carne originária de todo o país.
De acordo com a nota do Ministério da Agricultura, a partir de agora, “as embaixadas brasileiras e o serviço veterinário oficial do Brasil estão preparados para fornecer quaisquer esclarecimentos aos parceiros comerciais que os solicitem ou eventualmente criem restrições comerciais temporárias”.
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