Ao menos seis homens fortemente armados chegaram a explodir a frente de um caixa eletrônico usando o artefato conhecido como “emulsão” – equivalente ao dinamite. Eles conseguiram arrebentar apenas a frente da máquina, não tendo acesso ao cofre onde estavam as gavetas com dinheiro. O caixa danificado está instalado num quiosque de uma loja de conveniência de um posto de combustível, localizado na avenida Dom Bosco, próximo ao Colégio Coração de Jesus.
A explosão do caixa ocorreu ontem de madrugada, após os bandidos renderem o segurança da loja de conveniência. Em seguida, colocaram o artefato que explodiu parcialmente. Um pedaço do ‘emulsão’ ficou no chão e o esquadrão anti-bombas da Rotam esteve no local recolhendo o que sobrou do explosivo.
“Os ladrões não tem intimidade com explosivo e tentaram arrombar o cofre de qualquer maneira. O resultado é que não obtiveram êxito”, explicou um dos policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que estiveram no local iniciando as investigações.
Como se trata de um explosivo utilizado em pedreiras, uma das suspeitas é que faça parte do lote roubado no dia 9 deste mês de uma pedreira em São José do Rio Claro. Na ocasião, foram roubados além da emulsão, centenas de bananas de dinamite.
“De onde veio esse explosivo, ainda não sabemos, se é roubado, isso já temos certeza”, observou o delegado Wladimir Fransosi, da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil que esteve no local.
O que chamou a atenção dos policiais é que essa é a primeira vez que os bandidos tentam arrombar um caixa eletrônico através de explosivos. “Até agora, só tivemos casos de arrombamentos e tentativas através do uso de maçarico. Explosão com dinamite ou outro artefato, ainda não tivemos registros de casos”, explicou um policial da GCCO.
Segundo o vigia, no início da madrugada, ele foi rendido por seis homens armados que o amarraram num dos quartos da loja. Minutos depois, ouviu o barulho da explosão. Em seguida, os criminosos fugiram utilizando alguns carros estacionados nas proximidades. Assim que conseguiu se livrar das amarras, o vigia viu o caixa do Banco 24 Horas com a frente destruída. No quiosque, ainda tem caixas do Itaú e HSBC que ficaram intactos.
A delegada Ana Cristina Feldner, da GCCO, esteve no local iniciando as investigações. Ela deverá ouvir o vigia nos próximos dias para tentar identificar os ladrões.