Entenda como o La Niña deve alterar o clima do Brasil no começo do ano. Evento deve durar até pelo menos abril de 2025 e já está em vigor oficialmente
Após um período difícil com o El Niño, o clima do mundo já está sendo impactado por outro fenômeno climático, dessa vez o La Niña. De acordo com a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos), o evento já está oficialmente entre nós e deve durar até abril deste ano, mas como ele deve impactar o Brasil?
O que é o La Niña?
- Imagine um balanço gigante no Oceano Pacífico. De um lado, perto da Austrália e da Indonésia, a água fica mais quente;
- Do outro lado, perto da América do Sul, a água fica mais fria. Esse balanço é o que chamamos de La Niña;
- Normalmente, os ventos sopram do leste para o oeste, levando a água quente para o lado da Austrália;
- Mas durante o La Niña, esses ventos ficam mais fortes, empurrando ainda mais água quente e fazendo a água fria subir perto da América do Sul;
- É como se o La Niña desse um “empurrãozinho” no clima, mudando os padrões de chuva, vento e temperatura em várias partes do mundo.
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O que o La Ninã pode causar no Brasil?
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno pode causar redução de chuvas na Região Sul do Brasil, tanto na quantidade, quanto na frequência, havendo possibilidade de alguns períodos longos sem precipitações.
- Essa não é a única consequência, na faixa norte das regiões Norte e Nordeste do Brasil ocorre o inverso: o excesso de chuva, o que vem acontecendo atualmente em grande parte dessas áreas, com constantes avisos laranja de perigo para chuvas intensas.
- “As frentes frias passam mais rapidamente sobre a parte leste da Região Sul e acabam levando mais chuvas para a Região Sudeste, podendo chegar até parte do litoral nordestino. Esse comportamento típico nem sempre ocorre, pois é necessário considerar também outros fatores como a temperatura do Oceano Atlântico (Tropical e Sudeste da América do Sul), que também pode atenuar ou intensificar os impactos do fenômeno”, explica a meteorologista do Inmet, Danielle Ferreira.
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