Após uma visita ao Monte Paektu, na fronteira com a China e a Coreia do Norte, uma das agências estatais norte-coreanas elogiou o bom clima do lugar e afirmou que o líder Kim Jong-un "controla a natureza". O ditador norte-coreano foi descrito escalando a montanha, localizada a 9 mil pés (cerca de 2,7 quilômetros) de altitude, e que apresentava "paisagens encantadoras mostrando picos mágicos e sol deslumbrante".
As condições no local geralmente são inóspitas em dezembro, afirmou a agência, mas quando Kim Jong-un fez sua ascensão, foi uma "cena maravilhosa com alegria no reaparecimento de seu grande mestre". No topo, a montanha mostrou "bom tempo sem precedentes".
"Seus olhos refletiram os fortes feixes da superdotada pessoa que vê no majestoso espírito do Monte Paektu a aparência de uma poderosa nação socialista que avança dinamicamente cheia de vigor, sem vacilação, contra qualquer vento impetuoso do planeta", diz trecho do texto da agência norte-coreana.
Segundo o jornal britânico Daily Mail , tais visitas à montanha mística muitas vezes antecedem decisões importantes dos líderes norte-coreanos. Em novembro de 2013, o líder visitou a montanha com seus assessores um mês antes de executar altos funcionários, incluindo Jang Song-thaek, seu tio e guardião político.
Kim visitou a montanha novamente em abril de 2015, antes de executar Hyon Yong-chol, um ex-chefe de defesa do governo. Ele também fez uma peregrinação após o quinto teste nuclear da Coreia do Norte em setembro de 2016.
Tensão com os EUA
A Coreia do Norte voltou a se pronunciar em torno da tensão que vive com os Estados Unidos. No último domingo (10), o país asiático advertiu que um possível bloqueio marítimo seria interpretado como uma “declaração de guerra”, pois constituem “uma violação da soberania e dignidade de um estado independente”.
O ‘aviso’ faz referência a uma das novas sanções dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte após o lançamento de mais um míssil balístico por Pyongyang. Em artigo publicado no jornal oficial do país, Rodong Sinmun , na última sexta-feira, o governo e Kim Jong-un defende que “os movimentos dos EUA para impor o bloqueio marítimo não podem ser tolerados”, e que o governo americano estaria tentando impor o bloqueio para “estrangular a economia da República Popular Democrática da Coreia em tempos de paz”.
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