domingo, 22/12/2024
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Kassab nega desentendimentos com secretário dos Transportes

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), confirmou na manhã desta terça-feira a saída do secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, do cargo, mas negou que tenha sido uma demissão.

Segundo Kassab, Alexandre já queria deixar a pasta desde 2008. “Convenci a ficar mais um ano e seis meses. Houve muita conversa”, afirmou o prefeito. “Sou bom de lábia. Achei que iria convencê-lo a ficar mais, mas ele foi bastante enfático e tem seus projetos pessoais de vida”, completou. Alexandre ficará no cargo até sexta-feira.

Polêmicas

Homem forte da gestão Kassab e responsável pelos principais contratos da Prefeitura de São Paulo, Alexandre de Moraes, de 41 anos, acumulava alguns cargos. Ele era o supersecretário das pastas de Transportes e de Serviços e presidente do Serviço Funerário, da SPTrans e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Tido até então como provável candidato do DEM para substituir Kassab nas próximas eleições municipais, o também ex-promotor e ex-presidente da Febem entrou em atrito publicamente com a cúpula governista após diversas polêmicas.

Em seu lugar nos Transportes assumirá o ex-secretário de Infraestrutura Urbana e Obras Marcelo Cardinale Branco, de 40 anos – que deixou a Prefeitura há duas semanas. O atual titular da pasta do Planejamento, Rubens Chammas, ocupará interinamente a vaga de Serviços.

Kassab negou também, na manhã desta terça-feira, qualquer desentendimento com Alexandre. “Qualquer que fosse o projeto desenvolvido, ele é feito a quatro mãos. Se há algum equivoco dele,
também há do prefeito. Porque sempre discutimos juntos”, afirmou.

Porém, nos bastidores afirma-se que dentre as razões para a queda de Alexandre está a sua resistência ao projeto de criação da Autoridade Metropolitana de Transportes. A proposta é uma das principais bandeiras do governo estadual para o transporte público. A resistência da Prefeitura, uma das únicas da região a se posicionar contra, colocou Kassab em rota de colisão com seu padrinho político José Serra (PSDB).

Além disso, a saída estaria relacionada com a próxima licitação para os serviços de ônibus e vans na capital. O desgaste também estaria relacionado com o atraso na entrega da motofaixa da Rua Vergueiro.

Alexandre administrava um orçamento de R$ 5 bilhões e foi o secretário que comandou as principais ações do governo que resultaram em mudanças no trânsito e na limpeza pública.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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