Em entrevista coletiva após o primeiro treino da seleção brasileira para as partidas contra Peru e Uruguai (18 e 21 de novembro, respectivamente), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, Kaká acabou falando muito mais sobre o atual quadro de violência na Itália – onde o meia atua pelo Milan – do que sobre o treinamento desta terça-feira.
“Futebol é um esporte, é um prazer, e a partir do momento em que o jogador não pode exercer sua profissão da melhor forma possível por questões de violência, acho que eu posso sim pensar em rever se continuo no país ou não”, disse Kaká sobre a morte de um torcedor da Lazio, perto da cidade de Arezzo, que provocou, no último domingo, uma onda de violência no futebol italiano.
Três jogos acabaram sendo suspensos: um por decisão da Federação Italiana (Internazionale x Lazio), outro pela prefeitura da capital italiana (Roma x Cagliari), e outro, Atalanta x Milan, por decisão do árbitro depois que alguns torcedores encapuzados tentaram invadir o campo do Estádio AtletiAzzurri, em Bérgamo.
“Já aconteceu no ano passado com a morte de um policial e agora mais uma morte. Se essa situação continuar se repetindo, aí eu acho que será a hora de mudar”, ameaçou Kaká, que se mostrou muito preocupado com a situação.
Sobre o atacante Ronaldo, seu companheiro de Milan, o meia deu uma boa notícia para quem ainda acredita que o Fenômeno pode ser a solução para o problema de falta de atacantes de peso na seleção.
“O Ronaldo está muito bem e pronto para jogar. Mas infelizmente, por conta desse incidente de violência, a volta dele aos gramados foi adiada. Mas tenho certeza de que ele volta após a rodada dos jogos de eliminatórias tanto da Copa do Mundo, quanto da Eurocopa”, contou Kaká.