O meia Kaká, do Milan, declarou em entrevista ao “Sportv” que deseja participar dos Jogos Olímpicos-2008 pela seleção brasileira, apesar do veto de sua equipe, e revelou que ficou decepcionado quando foi cortado da convocação para os jogos contra Paraguai e Argentina pelas eliminatórias sul-americanas à Copa-2010.
Mesmo com a vontade do atleta de jogar a Olimpíada, o Milan anunciou, em maio, que não vai liberá-lo para os Jogos. Kaká seria um dos três jogadores acima de 23 anos convocados pelo técnico Dunga para buscar a medalha de ouro. No entanto, dependeria da liberação do clube italiano.
“Não é culpa minha se o COI (Comitê Olímpico Internacional) e a Fifa colocaram essa regra. Se o clube tem este direito, o que eu posso fazer?”, falou o jogador, que se isentou de culpa pelo veto do Milan.
“Seria uma grande experiência para mim, mas se o clube tem este direito de segurar, não é culpa minha. Eu quero ir, já falei isso para o Milan, mas se o clube tem este direito, eu é que não estou me sacrificando?”, defendeu-se Kaká.
Corte
Kaká passou por uma artroscopia no joelho esquerdo no último dia 23, no Rio, e foi cortado dos jogos contra Paraguai e Argentina pelas eliminatórias, dando lugar ao são-paulino Hernanes.
O corte gerou uma polêmica entre a CBF, o Milan e o jogador. A dispensa foi anunciada pelo site da CBF, enquanto que o meia-atacante tinha planos de se apresentar em Teresópolis para os jogos das eliminatórias, ser examinado pelos médicos da equipe e então ser dispensado.
“O corte me decepcionou. Fiquei surpreso pela maneira com que ele foi conduzido. Não tem motivo para colocar a culpa no clube, foi uma coisa conversada com o dr. Runco [José Luiz Runco, médico da seleção brasileira]”, explicou.
F.de.S.P
