Depois de serem condenados e ficarem três anos presos, os oito policiais do 16º BPM (Olaria), indiciados por matar um “flanelinha” na favela Parada de Lucas, tiveram a sentença anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e foram postos em liberdade no final da tarde desta terça-feira. A decisão foi da 4ª Câmara do Tribunal, tendo como relatora a desembargadora Nilza Bitar.
Para Nilza, as provas não forma suficientes para mostrar quem efetuou os disparos que acertaram a vítima. Além disso, nenhuma das testemunhas de acusação presenciou a troca de tiros.
O advogado de defesa dos policiais, Marcos Espínola, sustentava que o morador e “flanelinha” Leandro dos Santos Silva era traficante e as testemunhas de acusação faziam parte da quadrilha que atua na comunidade.
No dia 27 de novembro de 2003, os PMs foram denunciados pela morte de Silva. Os acusados foram enquadrados no art. 121 do código penal e condenados, três dias depois, a pena de 19 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado. A defesa apelou da pena, alegando que os clientes não haviam praticado a execução.