A quebra de sigilo refere-se a contatos telefônicos mantidos por Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda, Expedito Veloso e Freud Godoy. A Justiça vai investigar também as chamadas telefônicas que eles possam ter feito entre si.
Curado disse a jornalistas na sede da PF em Cuiabá que “a quebra foi autorizada pela Justiça, mas ainda não está com a Polícia”.
Gedimar e Valdebran foram presos com 1,7 milhão de reais sem origem comprovada e, dias depois, foram libertados. Ambos tinham relações com o PT, e Valdebran era filiado do partido quando negociava a compra dos documentos com o chefe da máfia de superfaturamento das ambulâncias, Luiz Antônio Vedoin.
Lorenzetti e Bargas, que ajudaram a formular o programa de governo do presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, admitiram participação no episódio e foram “politicamente expulsos” do PT na sexta-feira passada, não podendo desenvolver atividades partidárias ou se manifestar como membro do PT.
Lacerda, ex-assessor do candidato derrotado ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante, e Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, também foram expulsos do PT e reconheceram ter envolvimento com o dossiê.
Freud Godoy, ex-assessor da Presidência, nega ter relação com o episódio.
Além de investigar as ligações telefônicas dos sete, a Polícia Federal vai examinar informações bancárias que foram levadas a Cuiabá pelo delegado Luiz Flávio Zampronha.
De acordo com ele, todos aqueles que compraram dólares no Banco Sofisa estão sendo investigados, incluindo casas de câmbio, pessoas jurídicas e pessoas físicas.
Gedimar e Valdebran estavam em posse de 248,8 mil dólares para comprar o dossiê, e a PF recebeu do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) informações sobre o caminho de parte dos dólares apreendidos, chegando ao Sofisa.
A Justiça Federal no Mato Grosso solicitou ainda informações sobre alguns documentos apreendidos com Vedoin.
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