A Justiça argentina confirmou nesta terça-feira a pena de 15 anos de prisão contra o padre Julio César Grassi, por abuso sexual e corrupção de menores quando dirigia uma fundação de amparo a crianças carentes, revelou o Centro de Informação Judicial.
“A 2ª Sala da Câmara de Cassação Penal da Província de Buenos Aires confirmou nesta terça-feira a sentença, de junho de 2009, que condenou o sacerdote Julio César Grassi a 15 anos de prisão por abuso sexual e corrupção de menores”, informou a CIJ.
O padre católico, de 54 anos, foi condenado há mais de um ano, mas a aplicação da sentença aguardava a confirmação da Câmara de Cassação, o que ocorreu hoje.
Julio César Grassi dirigiu a Fundação Felices Los Niños, que auxiliava cerca de 6.000 crianças carentes.
O caso de pedofilia abalou a sociedade argentina, acostumada com as frequentes aparições do padre Grassi nos meios de comunicação para pedir contribuições a sua fundação, incluindo em um dos programas de TV mais assistidos no país.
O sacerdote teve ainda forte ligação com o poder político nos anos 1990.
O julgamento do padre Grassi começou em agosto de 2008, em razão de um escândalo que explodiu em 2002, quando um jovem de 19 anos denunciou o sacerdote por abuso sexual, durante um programa de TV.
O abuso ocorreu quando o jovem tinha 15 anos e era interno da Fundação Felices Los Niños.
F.Com