Campeoníssimo pela Inter de Milão e apontado como um dos melhores goleiros do mundo, Júlio César refuta qualquer messianismo na disputa da Copa do Mundo. Mas faz o papel de líder da classe e não hesita em criticar a qualidade da Jabulani, bola produzida pela Adidas para a disputa da Copa do Mundo.
“Horrível, horrorosa. Parece bola que se compra em supermercado. É muito ruim”, afirmou o goleiro. A seleção brasileira trabalhou com a Jabulani no treino com bola realizado em Curitiba e nesta sexta, quando os jogadores fizeram a primeira atividade de campo na África do Sul.
Habituado a treinar e atuar com bolas Nike, fornecedora do material esportivo da Inter de Milão e da seleção brasileira, Júlio César não é voz isolada nas reclamações contra a Jabulani. Outros goleiros e até jogadores de linha tiveram péssima impressão do produto.
Júlio César não parou por aí. Aproveitou o microfone em punho e vociferou contra as dificuldades adicionais impostas ao ofício que escolheu. “Paradinhas”, “paradonas” e adversário em sua barreira foram os alvos preferidos. “O goleiro não leva vantagem em nada”, protestou, com bom humor.
“Eu nunca peguei jogador que parasse a corrida na hora do pênalti. Mas você fica bem “p” da vida com isso”, admitiu o titular da seleção, enquanto os suplentes Gomes e Doni, junto do preparador Wendell e do ex-goleiro Taffarel, concordavam, entre risos discretos, com a avaliação do colega. “Agora é o pênalti que pode parar, dar cambalhota e chutar”, completou.
Um alento para Júlio César: comum em estádios brasileiros, a cobrança com “paradinha” está proibida pela Fifa a partir de 1º de junho e, portanto, não será vista na Copa do Mundo.
Taffarel ajuda no treino dos goleiros da seleção
Escolhido por Dunga para ser um dos olheiros da seleção brasileira durante a Copa, Taffarel resolveu ampliar suas funções no grupo. Nesta sexta-feira, no primeiro treino com bola do grupo na África do Sul, ele foi para o campo da escola Hoerskool Randburg, em Johannesburgo, e ajudou no treinamento dos goleiros.
O preparador de goleiros da seleção é Wendell Ramalho, que também já foi jogador da posição. Mas ele ganhou o reforço especial de Taffarel, um dos arqueiros de maior sucesso na história da seleção. Melhor para Júlio César, Doni e Gomes, os três goleiros do grupo de Dunga para a Copa na África do Sul.
Durante o treino desta sexta-feira, Wendell comandou as tarefas, mas Taffarel ajudou nos chutes a gol e no posicionamento. Assim, a comissão técnica da seleção ganha mais um tetracampeão mundial totalmente integrado ao trabalho do dia-a-dia, ao lado de Dunga e Jorginho.
Daniel Tozzi e Levi Guimarães, enviados iG