O deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) apresentou Projeto que aumenta um ponto percentual na contribuição da comercialização de cigarros, e na venda de bebidas alcoólicas ao consumidor final e nas importações e destina a saúde.
“Somente o uso abusivo do álcool causou a morte de 17 mil pessoas, em 2010. Precisamos fazer alguma coisa, por exemplo, buscar mecanismos de dificultar o acesso a essas drogas lícitas. Diminuir o uso do álcool se traduz em diminuir as mortes de trânsito”, defendeu Júlio Campos.
Segundo o parlamentar, ele apresentou a proposta para desestimular tanto a venda como a comercialização dos produtos, o que objetiva a diminuição uso do cigarro, assim como de bebidas alcoólicas.
De acordo com Júlio, informações da Pesquisa Vigilância e Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a USP em 2009, quase 19% dos brasileiros abusam do consumo de bebidas alcoólicas. Ainda no período entre 2000 e 2006, quase 93 mil brasileiros morreram pelo mesmo motivo.
Ainda segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), o consumo de bebidas alcoólicas é responsável por aproximadamente 30% dos acidentes de trânsito, e de acordo como o Ministério da Saúde mais de 30% de relatos de mulheres que foram vítimas de violência doméstica e sexual, disseram que o agressor consumiu álcool.
Segundo o parlamentar democrata, não é somente a bebida que é o grande problema, levantamento feito pelo IBGE aponta que do total de 85% dos fumantes do país, consomem por dia acima de 15 cigarros. Mais de 60% dos deles demoram, no máximo, 30 minutos para acenderem o primeiro cigarro após acordar.
“Os prejuízos decorrentes do cigarro a saúde dos usuários são enormes, e compõem uma lista com mais de 50 doenças, conforme mostra o Site Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde”, afirma.
Pesquisas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam um risco dez vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, cinco vezes maior de sofrer infarto, de bronquite crônica e enfisema pulmonar e duas vezes de derrame cerebral.