O juiz eleitoral José Luiz Blazack, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, votou a favor no processo movido pelo Ministério Público Eleitoral, contra o deputado federal Júlio Campos (DEM), que pede sua cassação. Uma investigação conduzida pela Policia Federal concluiu que o filho de Júlio Campos, Júlio Campos Neto, comprava votos de eleitores mediante a distribuição de vales para compras de alimentos e combustíveis. Caso os outros juízes sigam o entendimento do relator, o democrata deve perder o mandato. Já o juiz eleitoral Samuel Franco Junior pediu vista do processo, que deve entrar em pauta nesta quinta-feira (26).
Segundo a Lei 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, no período compreendido entre o registro da candidatura até o dia da eleição os candidatos não podem doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza.
Disfarçados de eleitores, policiais federais foram até a sede da empresa e se mostraram interessados nas doações, após receber uma denúncia anônima. A confirmação das supostas irregularidades foi no dia 23 de setembro do ano de 2010 (no período eleitoral).
Segundo o MPE também houveram outras provas após apreensões no escritório da empresa do candidato, no posto América e no supermercado Bom Gosto, não deixam dúvidas sobre as irregularidades.
RIVA
Nessa segunda-feira (23) estava previsto o julgamento de um agravo regimental por compra de votos nas eleições de 2010, no município de Campo Verde (distante 99 quilômetros de Cuiabá), interposto pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o deputado estadual José Riva (PSD). Segundo a denúncia, Riva tentava se reeleger como deputado estadual. Inicialmente, o processo tramitava na delegacia municipal da cidade. Por conta disso, Vilela foi afastado do cargo em outubro de 2011, já que forneceu informações judiciais referentes ao processo policial ao então secretário Eder Moraes.
OUTRO LADO
A reportagem tentou falar com o deputado federal Júlio Campos por meio de seus celulares, mas não conseguimos contato. Até o fechamento desta matéria ligamos várias vezes, sem sucesso de atendimento ou retorno.