O jovem brasileiro está abandonando os estudos. Cruzamento de dados do IBGE e dos ministérios da Saúde e da Educação expôs a cruel realidade, em que 53,1% dos 35 milhões de jovens entre 15 e 24 anos no País não freqüentam salas de aula.
Além disso, 19% não trabalham nem estudam, índice que passa a 34% quando analisadas apenas as classes mais pobres. As causas estão ligadas a fatores como raça, renda, gênero e localização geográfica, entre outros.
O dado, denominado Índice de Desenvolvimento Jovem (IDJ), segue os moldes do IDH da ONU e foi divulgado no dia em que o governo comemorou o crescimento do número de matrículas em cursos superiores.
Na data em que o Ministério da Educação comemorava o crescimento no número de matrículas em cursos superiores, outra pesquisa, produzida pela Ritla, mostrava uma triste realidade: 53,1% dos jovens de 15 a 24 anos estão fora da sala de aula, e 19,9% não trabalham nem estudam. A deficiência é maior considerando-se apenas aqueles entre os 10% mais pobres da população – vai a 34,8%.
O Brasil tem 35 milhões de habitantes nessa faixa etária. A pesquisa da Ritla utilizou bases de dados do IBGE e dos ministérios da Saúde e da Educação e criou o IDJ. De acordo com o sociólogo Júlio Jacobo, coordenador do estudo, “se alguém nasceu em determinada localidade vai ter condições limitadas ou grandes condições de estudar e trabalhar.
Esses fatores afetam as condições de acesso à saúde, educação, acesso à internet etc”.
O Distrito Federal lidera o ranking de qualidade de vida entre os jovens. O IDJ registrado pela pesquisa é de 0,666, em uma escala de vai de 0 a 1. Em seguida, aparecem Santa Catarina (0,647) e São Paulo (0,626). Os piores índices foram registrados noMaranhão (0,429), em Pernambuco (0,394) e Alagoas (0,367).
As conclusões da pesquisa mostram que o analfabetismo juvenil dá sinais de desaparecer a curto prazo. Em 1993, a taxa de jovens analfabetos era de 8,2%. Em 2001, caiu para 4,2%, em 2003, para 3,4%, e, em 2006, para 2,4%.
O diretor-executivo da Ritla, Jorge Werthein, defendeu a adoção de políticas públicas duradouras nos três níveis de governo – União, estados e municípios – para enfrentar o problema: “Já temos todos os indicadores. O que falta é uma política de longo prazo que não mude a cada quatro anos, com a troca dos governantes”, ressaltou Werthein.
Para ajudar a diminuir essa triste estatística, a Igreja Universal tem o Projeto Força Brasil, que tem ajudado muitos jovens de todo o País, independentemente da religião.
Agência Unipress Internacional/FU
Por Maurício Tambasco