Em cada local que exista riqueza mineral ou vegetal em abundância tem um grupo de trabalho para criar reserva indígena”.
Com esta afirmativa o deputado José Riva (PP) substanciou seu discurso contra as ações da Fundação Nacional do Índio (Funai), que segundo ele, age à surdina em favor de grupos estrangeiros.
O parlamentar progressista invocou a competência da bancada federal e governo do Estado para atuarem junto a União, no sentido de mitigar as demarcações, sob o crivo da instituição indígena.
Riva foi taxativo ao declarar que os brasileiros estão assistindo, ao que ele chama de vergonha nacional, as imposições dos órgãos federais nestas áreas. “Participei de uma reunião com representantes de ONG´s que sequer sabem falar o português”, denuncia o deputado, apontando para uma possível internacionalização de terras mato-grossenses, o mesmo que está ocorrendo com Santa Catarina.
O Governo Federal, segundo Riva, se acovarda diante de vergonhosa ação provocada pela Funai. “Este órgão está sendo conduzindo por antropólogos que querem inclusive mudar a cidadania de brasileiros. A preço de que?”, indaga, se referindo a etnia Chiquitana de Ponta do Aterro, na divisa com a Bolívia, que recusa a denominação indígena. Eles são descendentes de bolivianos.
O discurso de Riva encontrou respaldo em matéria produzida pela Revista Veja – páginas 56 e 57 – Edição 1999, nº 10 de 14 de março de 2007, intitulada “Made in Paraguai”. Com a chamada: “A Funai tenta demarcar área de Santa Catarina para índios paraguaios, enquanto os do Brasil morrem de fome”, o tema pertinente é repleto de dados que comprovam o título. Riva disse que apresentará moção de louvor à Revista Veja e ao jornalista José Edward, da Serra do Tabuleiro (SC), autor da reportagem.
Numa espécie de vale-tudo a Funai usa argumentos duvidosos para criar ou ampliar reservas indígenas. Sete delas somam, no total, mais de 1,5 milhão de hectares, o equivalente á metade do estado de Goiás, revela trecho da matéria.
Riva solicitou a Mesa da Assembléia que requeira dos deputados federais e senadores representantes de Mato Grosso para que se empenhem pelo fim destas arbitrariedades. O parlamentar considera que o estabelecimento de reserva indígena contribui com atraso social e perdas irreparáveis ao Estado.