quinta-feira, 21/11/2024
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Jornais: base aliada do governo lidera ranking de candidatos fichas-sujas

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) é a legenda com o maior número de candidatos considerados fichas sujas pelas Procuradorias Regionais Eleitorais (PREs) dos estados brasileiros. Ao todo, 36 candidatos da legenda foram impugnados pelas PREs com base nos critérios da Lei da Ficha Limpa nestas eleições. Percentualmente ao número de candidaturas, a legenda com mais “fichas sujas” é o Partido Progressista (PP), com 3,29% dos seus 789 candidatos impugnados. O levantamento foi realizado pelo Correio com base em dados das PREs e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O levantamento não leva em conta o número de impugnações em São Paulo, que só deve ser divulgado na terça-feira. Procuradas, as legendas preferiram não se manifestar.

Em números absolutos, o segundo lugar na corrida dos fichas sujas fica com o PT: o partido teve 35 impugnações. Além de ter o maior número percentual, o PP fica em terceiro lugar em números absolutos, com 26 impugnações. O PMDB, por sua vez, está em segundo lugar no percentual de fichas sujas, com 2,83% dos 1.268 candidatos impugnados. Ao todo, 377 dos mais de 25 mil candidatos registrados em 2014 foram impugnados pelas PREs com base na Lei da Ficha Limpa. O estado com o maior número de impugnações de fichas sujas é o Rio de Janeiro, com 36 casos, seguido pelo Pará (31). O Distrito Federal teve 26 impugnações. De acordo com a Lei das Eleições, de 1997, os candidatos impugnados continuam liberados para fazer campanha, até que o registro da candidatura seja apreciado pela Justiça Eleitoral.

As eleições gerais deste ano serão as primeiras com a Lei da Ficha Limpa valendo integralmente. Em coletiva de imprensa na semana passada, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, ressaltou que o número de impugnações este ano foi menor do que em 2012. “Os partidos, nas eleições gerais, evitaram ou fizeram um filtro maior no lançamento de candidatos que eventualmente possam vir a ser impugnados em razão de condenações anteriores colegiadas ou das outras hipóteses previstas na lei”, observou ele. “Como o número de candidatos é menor do que nas eleições municipais, o número de impugnações também é menor”, comentou o ministro. A visão é compartilhada pelo economista e fundador da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco. “A lei tem uma finalidade pedagógica. Conforme ela for sendo repetidamente aplicada, os próprios partidos vão começar a selecionar melhor os seus candidatos, evitando de lançar aqueles que, logo em seguida, serão impugnados”, diz ele.

Condenados no esquema do mensalão saem da cadeia até o fim do ano

O ex-deputado federal José Genoino e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas devem puxar uma fila de pelo menos cinco condenados do mensalão que têm a chance de deixar a prisão até o fim do ano. Os dois primeiros já pediram progressão de regime ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardam a análise do relator da Ação Penal 470, ministro Luís Roberto Barroso. A decisão deve sair nos próximos dias. Caso o benefício seja concedido, a dupla passa a cumprir a pena em casa.

O ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado federal Romeu Queiroz também devem requerer o benefício até o fim de 2014. O alívio no regime de prisão pode ser pedido depois do cumprimento de um sexto da pena. Delúbio e Queiroz têm progressão prevista para dezembro. Já Dirceu cumpre o prazo em março do ano que vem, mas conta com a possível remissão de dias de prisão por tempo trabalhado para pedir o benefício antes dessa data.

Cabos eleitorais de luxo inflacionam mercado de “candidaturas”

A disputa eleitoral termina e o candidato vê que obteve número expressivo de votos em um município onde, pessoalmente, não distribuiu um santinho sequer. Parece mágica, mas a verdade é que por trás da expressiva votação existe um responsável, que passa quase sempre despercebido durante a campanha. São cabos eleitorais de luxo: prefeitos, vereadores e lideranças que cobram caro para abraçar as candidaturas a deputado estadual e federal. Com planilhas bem organizadas, têm na ponta do lápis a quantidade de votos que podem render. Tudo depende de quanto o concorrente está disposto a desembolsar. O serviço é tão requisitado que gerou atrito entre deputados estaduais e federais. As ofertas estariam altas demais, inflacionadas por candidatos com maior poder financeiro.

Com base em quanto estão cobrando os cabos de luxo, o voto, por exemplo, em Minas Gerais custa hoje entre R$ 35 e R$ 40. Uma liderança de Matozinhos, município com 28 mil eleitores na Grande Belo Horizonte, garante que, com R$ 30 mil, consegue 800 votos para um deputado estadual ou federal. O serviço oferecido inclui pagamento de pessoal para distribuição de material de campanha, lanche para a equipe, um veículo para transporte equipado com som, panfletos, além do aluguel de uma sala. Questionado sobre com quanto ficaria, a liderança, que assim como outros colegas de função evita se expor, responde: “você acredita que a gente nem se preocupa tanto com isso? A gente quer é dar o resultado. Se o candidato chegar na urna e não achar voto, eu piro”, afirma.

O mesmo desprendimento em relação ao dinheiro é demonstrado por um vereador de Santa Rita do Sapucaí, cidade com 30 mil eleitores na Região Sul de Minas. “Me preocupo com o resultado. Não adianta prometer e não conseguir cumprir. É o meu nome que está em jogo”, diz. O parlamentar repete as contas feitas pela liderança de Matozinhos. “É mais ou menos isso mesmo, R$ 35 a R$ 40 por voto.” Orgulhoso do serviço, relembra o trabalho realizado na eleição de 2010: “teve deputado que veio aqui uma vez e, mesmo assim, conseguiu 702 votos na cidade”.

 

 

Folha de S. Paulo

Dilma relança PAC com 30% das grandes obras inacabadas

Às vésperas de anunciar a terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o governo federal ainda tenta concluir uma de cada quatro obras mais relevantes do PAC 1, lançado em 2007.

Levantamento feito pela Folha com base no balanço oficial dos primeiros quatros meses de execução do programa, mostra que dos 101 projetos destacados pelo Planalto como mais importantes, 27 não foram concluídos e 4 foram abandonados.

O programa inicial, lançado pelo ex-presidente Lula, previa um total de 1.646 projetos, orçados em R$ 503,9 bilhões. Já o PAC 2, lançado por Dilma em 2011, incorporou empreendimentos não realizados no PAC 1 e estimou investir R$ 955 bilhões.

Atrasos constantes e mudanças no planejamento inicial acabaram alterando orçamentos nesses sete anos.

Impasse com Eletrobrás pode parar térmicas

Um impasse no pagamento de combustível fornecido a usinas termelétricas pode afetar o fornecimento de energia em parte da região Norte do país.

A Petrobras informou à Eletrobrás que, a partir desta sexta (1º), passará a fornecer óleo combustível só com pagamento à vista.

O motivo é um débito de R$ 850 milhões que uma subsidiária da Eletrobrás, a Amazonas Energia, tem com a petroleira.

Servidores flagrados em passeio com lancha federal são afastados

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) determinou o afastamento temporário de três servidores flagrados usando uma lancha do governo federal, que deveria servir para fiscalizar a costa brasileira, durante passeio.

O instituto disse que abriu investigação para apurar se houve uso irregular da embarcação, a ser concluída em até 15 dias. Os servidores afastados são o coordenador regional do ICMBio em Porto Seguro, Apoena Figueirôa, o coordenador regional substituto, Amarílio Coutinho Fernandes, e Cláudia Rios, chefe da Reserva do Cassurubá, gerida pelo ICMBio.

Racionamento de água em SP seria ‘irresponsável’, afirma Alckmin

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou neste sábado (2) que adotar o racionamento de água na Grande São Paulo seria um ato irresponsável neste momento.

“A população tem aderido, tem ajudado muito através do uso racional da água”, disse o governador, após participar de um evento com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na capital paulista. “Seria uma atitude até irresponsável.”

Mato Grosso é a faixa de Gaza do Brasil, afirma antropólogo

“Os indígenas brasileiros estão vivendo uma ofensiva final”, disse o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, em uma das duas mesas sobre questões indígenas desta edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Para o estudioso, há um avanço sistemático dos grandes proprietários de terras do Brasil contra os direitos dos indígenas, garantidos pela Constituição de 1988.

“Isso está acontecendo sob o olhar complacente do Judiciário. Há uma campanha a todo vapor do Legislativo para acabar com esses direitos. Precisamos lembrar que o Congresso brasileiro é formado por uma maioria de proprietários rurais.”

Muito aplaudido na Tenda dos Autores, ao lado do também antropólogo Beto Ricardo, Viveiros de Castro diz que o Estado de Mato Grosso é a faixa de Gaza do Brasil. “Os guaranis, ali, estão confinados em reservas mínimas, das quais são frequentemente expulsos. Trata-se de um território que está sendo devastado.”

 

O Estado de S. Paulo

Suplentes dos candidatos ao Senado são os mais ricos e atuam como financiadores

Dono de megafortuna diz que tem ‘papel político’

Presidenciáveis iniciam exposição na TV

Campanhas ampliam agenda por visibilidade

Dilma cria mantra para reagir a críticas

Vídeo indica combinação de questões em CPI

Candidatos aproveitam caso e retomam críticas à Petrobras

‘Eu era problema para Dilma’, diz André Vargas

Para deputado, Lula seria imbatível

Entidades temem precedente criado por direito de resposta

 

O Globo

Sucessão de Mantega detona guerra surda no entorno de Dilma

A presidente Dilma Rousseff tem tratado com discrição da escolha de sua equipe econômica num eventual segundo mandato. Para não fragilizar ainda mais a já desgastada imagem do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ela quer falar em nomes só após o primeiro turno das eleições. Isso, porém, não tem impedido que assessores próximos a Dilma façam campanha a favor de alguns economistas.

O mais cotado para substituir Mantega é seu ex-secretário-executivo Nelson Barbosa. Tem o apoio do ex-presidente Lula, bom trânsito no setor público e é bem visto pelo mercado financeiro.

Em um governo Aécio, Armínio Fraga é o mais cotado para a Fazenda

Descrito pelo candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) como o “copiloto do boeing”, o ex-presidente do Banco Central do governo Fernando Henrique Cardoso Armínio Fraga é o coordenador da equipe de colaboradores econômicos do presidenciável tucano e só não será seu ministro da Fazenda, em caso de vitória, se preferir continuar comandando a Gávea Investimentos, empresa da qual é sócio-fundador.

Queridinho do mercado que demoniza uma eventual reeleição da presidente Dilma Rousseff, Armínio já vem atuando desde o ano passado como interlocutor de Aécio junto ao sistema financeiro. Ele coordena uma equipe de economistas que mistura pesos-pesados que participaram da elaboração e implementação do Plano Real — como Edmar Bacha, José Roberto Mendonça de Barros e até Pedro Malan —, e representantes de uma nova geração da academia, professores e técnicos que despontaram na Fundação Getúlio Vargas e no Ipea, como Mansueto Almeida e Samuel Pessoa.

Eduardo Campos (PSB), por sua vez, evita antecipar os principais nomes que poderão lhe assessorar caso seja eleito. De momento, o presidenciável tem conversado com um grupo de profissionais da área, promovido oficinas sobre economia e compilado dados para elaboração de seu programa de governo.

Com dificuldades de responder a demandas, Ministério das Cidades atrapalha Dilma

As pesquisas mostram que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta maior resistência nas grandes cidades. Em 2010, a petista foi eleita com uma rejeição de pouco mais de 20% nas regiões metropolitanas. Agora, cerca de 40% dos eleitores nos grandes centros urbanos dizem que não votariam nela. A pauta de reivindicações por melhores serviços públicos das manifestações de junho de 2013 nas principais capitais do país ajuda a explicar o mau humor com o governo nos municípios de grande porte. Os protestos tiveram como alvo autoridades de todas as instâncias e afetou Dilma, que tem dificuldades de tirar obras de infraestrutura do papel. A crise revelou os resultados limitados alcançados por uma das principais inovações do PT no poder: o Ministério das Cidades.

 

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Parmenas Alt
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