O deputado João Correia (PMDB-AC) anunciou no plenário da Câmara, que iniciaria hoje uma greve de fome até a conclusão de seu processo no Conselho de Ética. O empresário Luiz Antônio Vedoin, acusado de chefiar a “máfia das ambulâncias”, afirmou em depoimentos ter feito acordo com o deputado pelo qual este receberia 10% do valor das emendas de sua autoria que fossem executadas por meio de empresas do esquema.
“Não há provas contra mim. Não posso temer expor a verdade e a minha inocência”, disse o parlamentar. Ele subiu à tribuna pedindo para ser julgado. “Depois deste discurso, ficarei neste plenário, em jejum, e só sairei dele quando for julgado”, declarou.
Defesa
João Correia disse que a greve de fome é sua única alternativa, pois as tentativas de defesa na Corregedoria-Geral da Câmara, na Procuradoria-Geral da República e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas teriam sido inúteis.
Ele alegou que a sua única real oportunidade de defesa foi no Conselho de Ética. “Fui o primeiro a ser ouvido pelo conselho e freqüentei todas as reuniões; clamei em todas elas pela oportunidade de ser julgado”, afirmou.
Trabalho da CPMI
João Correia, que não foi reeleito em 1º de outubro, criticou a CPMI por haver, segundo ele, impedido a separação entre culpados e inocentes e “servido a todos na bandeja do linchamento moral, mandando para o Conselho de Ética notórios culpados e obscuros inocentes”
Redação/Ag.Câmara